Uma paralisação de cinco horas e meia, organizada hoje pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Mogi e Região, na última quarta-feira, 11 de julho, fez a Sonails Prego, metalúrgica de Poá, atender as reivindicações dos cerca de 100 funcionários.
Ela reverteu a justa causa que havia dado a um trabalhador que foi demitido e agredido fisicamente em abril passado -vai pagar a ele todas as verbas rescisórias. Ao mesmo tempo, tirou do isolamento um trabalhador cipeiro que vinha sendo perseguido pela chefia, e tinha sido transferido da sua função de soldador. O trabalhador estava isolado no departamento de controle de qualidade, um espaço de 2mx2m, do qual não podia sair sem autorização.
“Isto é um desrespeito à dignidade do trabalhador, enquanto pessoa, e o impedia de exercer também a função de cipeiro, que precisa circular pela empresa”, afirma Sales José da Silva, diretor do Sindicato que comandou a mobilização. Com a mobilização, o trabalhador foi transferido para o setor de laminação, onde ficará por um período de dois meses.
A empresa concordou, também, em agendar uma reunião com o Sindicato para a próxima segunda-feira, dia 16, às 14h30, para discutir sobre a questão da cesta básica e do vale-transporte. Segundo Sales, a Sonails usa a cesta básica como critério disciplinador de faltas, e não dá o vale-transporte a quem, de vez em quando, usa um meio próprio de transporte para ir trabalhar. “Ainda temos muito o que amadurecer nas negociações, mas o resultado da paralisação já é um avanço”, afirma Sales.
A mobilização contou com o apoio de outros sindicatos, como alimentação de São Paulo, metalúrgicos de Suzano, de Ferraz de Vasconcelos, de São Caetano e têxteis de São Paulo.
Fonte: Assessoria de Imprensa do Sindicato