A Força Sindical e o Centro de Memória Sindical lançaram nesta terça-feira (dia 24) o livro “O Mundo do Trabalho no Cinema”, organizado pela jornalista Carolina Maria Ruy. O livro é formado por resenhas de 149 filmes feitos a partir do marco inaugural, O Encouraçado Potemkin, se Serguei Eisenstein, em 1925.
No lançamento, o presidente da Força Sindical, Miguel Torres, destacou a importância da cultura e do cinema na formação cultural dos trabalhadores, e lembrou que em 1983/1984, os diretores do Sindicato dos Metalúrgicos de SP levavam uma TV em uma Kombi para passar filmes para os trabalhadores nas portas das fábricas. Isto, segundo Miguel, num período de retomada das greves, no final da ditadura. “A chegada nas portas das fábricas era muito difícil, mas o Sindicato foi ganhando a confiança dos trabalhadores. Começamos a fazer greves por ocupação; ficávamos até 15 dias dentro de uma fábrica. Foi numa dessas greves, na Metalúrgica Weber, que conseguimos incorporar algumas coisas à nossa estrutura, como geradores, uma TV e alugamos um filme para passar para os trabalhadores”, contou.
O secretário-geral da Central, João Carlos Gonçalves, Juruna; o presidente do Centro de Memória Sindical, Milton Cavalo, do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco, e a jornalista Carolina Maria Ruy falaram sobre o trabalho executado pelo Centro de Memória até chegar na publicação do livro, que também teve a colaboração do jornalista Ricardo Flaitt.
Juruna lembrou o empenho do presidente licenciado da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva, Paulinho (Solidariedade-SP), e o presidente licenciado do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Batista Inocentini, para a preservação do Centro do Memória e a instalação dos arquivos, que ficavam na sede do Sindicato dos Têxteis, no Brás, na sede do Sindicato dos Aposentados, no centro.
O lançamento contou com a presença de dirigentes de várias categorias e da professora de sociologia Suzanna Sochaczewski Evelyn, da Escola Dieese, “Este é um momento de alegria. A Escola Dieese trata da produção de conhecimentos, mas sem memória não existe conhecimento. Parabéns a todo o movimento sindical por este trabalho”, disse a professora.
Colaborou a assessoria de imprensa do Sindicato
