A união entre trabalho e capital produtivo pode ajudar a romper o ciclo recessivo. Se essa união se torna movimento, agrega forças e move setores do Estado, pode também abrir perspectiva de crescimento do País.
A expectativa é de Miguel Torres (foto), presidente da Força Sindical e da Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos.
Ele falou ontem (2/12) à Agência Sindical, a propósito do “Compromisso pelo Desenvolvimento”, iniciativa que une Centrais, entidades do setor produtivo e o Dieese.
“Faremos um seminário dia 3, em São Paulo, e já temos atos agendados para o Rio de Janeiro, dia 8, e Brasília, dia 9. A ideia é um movimento nacional. Mas isso será construído na medida em que formos ampliando as ações”, diz. Para o líder forcista, “se não agirmos agora, indicando ações e caminhos, o cenário para 2016 será dramático, com agravamento da crise e do desemprego”.
Para articuladores do “Compromisso pelo Desenvolvimento”, a economia precisa ser destravada. Miguel diz: “Precisamos concluir as obras de infraestrutura, que, além de necessárias para o crescimento, são grandes geradoras de emprego”. O sindicalista também reforça a retomada nos setores de petróleo, gás e naval, afetados em muito pela paralisia na Petrobras – como demonstrado em documento produzido pelo Dieese a pedido das Centrais.
Aliança – Para ser efetiva, a aliança com setores produtivos, proposta pelas Centrais, não pode atender apenas demandas setoriais. “Se cada um resolve seu problema específico e descuida do restante, o governo não se sente pressionado e a política recessiva continua”, observa.
A Força Sindical teve atuação efetiva na elaboração do manifesto “Compromisso pelo Desenvolvimento”, que faz críticas ao modelo recessivo e cobra a retomada do crescimento. O assessor e economista Marcos Periotto calcula que o elenco de medidas propostas tem força para gerar aumento de um a dois pontos no Produto Interno Bruto.