Jorginho (Osasco), Chiquinho (Federação), Pereira (Guarulhos), Miguel (São Paulo): no momento da aprovação pela paralisações
Os metalúrgicos de São Paulo e do Interior, filiados à Força Sindical, vão entrar em greve a partir da próxima segunda-feira (dia 22 de outubro), se esta semana os patrões não apresentarem uma contraproposta satisfatória tanto no que diz respeito às cláusulas econômicas, como o aumento salarial, quanto às cláusulas sociais da Convenção Coletiva de Trabalho, que estão sendo revisadas este ano.
A questão foi aprovada em plenária realizada no dia 16 de outubro, terça-feira, na sede da Federação dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo, com os 53 sindicatos de metalúrgicos do Estado que integram a Campanha Salarial Unificada.
NEGOCIAÇÕES – Após 11 rodadas de negociação – 3 com o Grupo 19-3 (máquinas, eletroeletrônicos e outros); 2 com o Grupo 3 (autopeças); 2 com o Grupo 10 (Fiesp); 1 com Sindisider (siderurgia) e 1 com o setor de fundição –, os sindicatos metalúrgicos ainda não receberam nenhuma oferta salarial, mas já rejeitaram propostas de mudanças, para pior, de várias cláusulas sociais.
O Grupo 10 quer eliminar oito cláusulas da Convenção, entre elas, as que garantem estabilidade no emprego até a aposentadoria aos acidentados no trabalho que tiveram a capacidade laboral reduzida, e aos portadores de doenças profissionais; a das horas-extras, cuja remuneração é superior à fixada na legislação; a questão da mão-de-obra temporária, que impede terceirizados na atividade principal.
O Grupo 19-3 está propondo, entre outros, tirar o direito do trabalhador cipeiro de participar das investigações de acidentes de trabalho, acabar com a comissão eleitoral da Cipa (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes), e o item que prevê que apenas empregados próprios da empresa poderão fazer serviços de manutenção mecânica e elétrica.
Em mais uma rodada de negociação na terça-feira (16 de outubro), o Grupo 19-3 se negou a discutir proposta dos sindicatos sobre proibição de terceirizados na atividade principal; assédio ou constrangimento moral nas fábricas; obrigatoriedade de as empresas negociarem a PLR (Participação nos Lucros ou Resultados); compensação de jornada de trabalho negociada com os sindicatos da categoria; contratação de portadores de deficiência, entre outras.
“Na nossa avaliação, os patrões estão provocando os trabalhadores. Ainda temos negociações marcadas para esta semana e esperamos melhorar este quadro, mas já estamos mobilizando os trabalhadores nas fábricas para possíveis greves por setor a partir de segunda-feira e notificando os sindicatos patronais”, afirma Miguel Torres, secretário-geral do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes.
Mobilização – A campanha envolve 53 sindicatos metalúrgicos do Estado, filiados à Força Sindical, que representam cerca 700 mil metalúrgicos, com data-base em 1º de novembro.
Nossas reivindicações:
12% de reajuste salarial
piso único de R$ 900
fim da terceirização ilegal
redução da jornada de trabalho
programa de contratação de deficientes físicos
PLR (Participação nos Lucros ou Resultados)
renovação das cláusulas sociais
estabilidade aos acidentados e portadores de doenças profissionais
Diretor David e Cláudio Prado na Basso
Miguel Torres, Secretário-Geral do Sindicato, em negociação com o Grupo 19-3
Diretor Pereira na negociação com o grupo 3