O Brasil atravessa um período de questionamentos e incertezas. Nossa economia encontra-se debilitada em função de uma crise implacável, que mina a saúde financeira de todos os segmentos econômicos, da indústria, do comércio, da construção, dos setores petrolífero e de serviços e do agronegócio, entre outros.
A recessão, ainda, vem provocando o desemprego de centenas de milhares de trabalhadores, inibindo a produção e o consumo e mudando a rotina das famílias brasileiras, principalmente das mais pobres.
Como nada vem só, na 4ª feira, 16/12, a agência de classificação de risco Fitch Ratings rebaixou, pela segunda vez em dois meses, a nota de crédito do Brasil, o que significa que nosso País perdeu o selo de bom pagador. Um balde de água fria na economia nacional. Pior: o rebaixamento aponta que não deverá ocorrer recuperação econômica no curto prazo, pois o dinheiro para os investimentos produtivos ficam mais difíceis e caros, e com menos investimentos, a produção cai o desemprego tende a aumentar.
Em nota, a agência assinalou que as constantes mudanças na meta do superávit primário (economia do governo para pagar os juros da dívida) minaram a credibilidade da política fiscal brasileira.
Só que, presumindo que a situação econômica do Brasil tendia a piorar, no dia 3/12 a Força Sindical, as demais Centrais e representantes dos empresários reuniram-se, em São Paulo, e, em uma ação conjunta, lançaram o “Compromisso pelo Desenvolvimento”, um documento que objetiva justamente estimular os investimentos no setor produtivo para potencializar a saúde financeira das empresas, garantir os empregos e gerar mais postos de trabalho. O documento foi entregue na 3ª feira, 15/12, em Brasília, aos ministros do Trabalho e Previdência, Miguel Rosseto, e da Indústria e Comércio, Armando Monteiro, além da presidenta Dilma.
Em resumo, o documento defende a retomada do crescimento público e privado, o destravamento do setor da construção, o aumento das exportações da indústria de transformação e a adoção de políticas de fortalecimento do mercado interno.
Miguel Torres
Presidente da Força Sindical