Metade dos que praticam o assédio moral também já foram assediados


Equipe do Blog do Trabalho, 25 de fevereiro de 2011 

Por Silmara Cossolino

Aproximadamente 20% das pessoas que trabalham sofrem algum tipo de assédio moral e 25% das pessoas que são vítimas do assédio tendem a pedir demissão do trabalho. Além disso, 50% das pessoas que praticam o assédio também já foram vitimas desse tipo de ação. Os dados são da ISMA-BR (International Stress Management Association), a associação sem fins lucrativos e de caráter internacional voltada à pesquisa e ao desenvolvimento da prevenção e do tratamento de stress no mundo.

“O cumprimento de metas associado ao assédio pode gerar um estresse bárbaro, sendo que, em algumas ocupações, como a de bancário, se tornam um pesadelo. Isso porque o não cumprimento de metas pode ocasionar a desqualificação do profissional. Além disso, dependendo do tipo de assédio, o comportamento da pessoa pode mudar, tornando-se mais agressiva ou alienada. Ela pode se engajar em comportamentos, como beber além da conta ou ganhar peso rápido”, adverte Ana Maria Rossi, presidenta da ISMA-BR.

“O que sugerimos é que essa pessoa procure algum tipo de ajuda emocional ou assistência psicológica”, completa. Para Ana Maria, quem comete o assédio também pode sofrer estresse e até depressão. Para se proteger, sugere que a vítima, ao identificar o assédio, partilhe a situação com outras pessoas e, em última analise, saia da empresa, já que, pior do que perder o emprego é desenvolver algum tipo de doença devido ao abuso de outra pessoa.

“Isso é muito pessoal e vai depender da situação. É preciso avaliar. Muitas vezes o assédio é sutil e, quando os colegas tomam conhecimento, também se estressam. Colegas de trabalho podem ter medo de seqüelas, sentindo-se culpados por não denunciarem”, disse.

Estresse – O conceito de estresse não é novo. O stress positivo, chamado de eustresse, assim como o negativo, chamado de distresse, causam reações fisiológicas similares: as extremidades (mãos e pés) tendem a ficar suados e frios, a aceleração cardíaca e pressão arterial tendem a subir, o nível de tensão muscular tende a aumentar. No nível emocional, no entanto, as reações ao estresse são bastante diferentes. O eustresse motiva e estimula a pessoa a lidar com a situação; o distresse acovarda o indivíduo, fazendo com que se intimide e fuja da situação.Por Silmara Cossolino

Aproximadamente 20% das pessoas que trabalham sofrem algum tipo de assédio moral e 25% das pessoas que são vítimas do assédio tendem a pedir demissão do trabalho. Além disso, 50% das pessoas que praticam o assédio também já foram vitimas desse tipo de ação. Os dados são da ISMA-BR (International Stress Management Association), a associação sem fins lucrativos e de caráter internacional voltada à pesquisa e ao desenvolvimento da prevenção e do tratamento de stress no mundo.

“O cumprimento de metas associado ao assédio pode gerar um stress bárbaro, sendo que, em algumas ocupações, como a de bancário, se torna um pesadelo. Isso porque o não cumprimento de metas pode ocasionar a desqualificação do profissional. Além disso, dependendo do tipo de assédio, o comportamento da pessoa pode mudar, tornando-se mais agressiva ou alienada. Ela pode se engajar em comportamentos, como beber além da conta ou ganhar peso rápido”, adverte Ana Maria Rossi, presidente da ISMA-BR. “O que sugerimos é que essa pessoa procure algum tipo de ajuda emocional ou assistência psicológica”, completa.

Para Ana Maria, quem comete o assédio também pode sofrer stress e até depressão. Para se proteger, sugere que a vítima, ao identificar o assédio, partilhe a situação com outras pessoas e, em última análise, saia da empresa, já que, pior do que perder o emprego é desenvolver algum tipo de doença devido ao abuso de outra pessoa.

“Isso é muito pessoal e vai depender da situação. É preciso avaliar. Muitas vezes o assédio é sutil e, quando os colegas tomam conhecimento, também se estressam. Colegas de trabalho podem ter medo de seqüelas, sentindo-se culpados por não denunciarem”, disse.

O conceito de stress não é novo. O stress positivo, chamado de eustresse, assim como o negativo, chamado de distresse, causam reações fisiológicas similares: as extremidades (mãos e pés) tendem a ficar suados e frios, a aceleração cardíaca e pressão arterial tendem a subir, o nível de tensão muscular tende a aumentar. No nível emocional, no entanto, as reações ao stress são bastante diferentes. O eustresse motiva e estimula a pessoa a lidar com a situação; o distresse acovarda o indivíduo, fazendo com que se intimide e fuja da situação.