Alstom assegura participação em licitações no Brasil


Rita Gallo

PARIS – A francesa Alstom quer assegurar a sua presença nos principais projetos de infraestrutura hoje em curso no Brasil. Desde a entrega de oferta para participar da construção do trem-bala, que deve acontecer no mês que vem, até licitação da linha de transmissão de energia do Rio Madeira, a multinacional reconhece que o mercado nacional está concorrido e atraente.

As possibilidades para ganhar maior participação no mercado passam até pela composição com chineses em um consórcio para a construção do trem de alta velocidade, que deve ligar São Paulo ao Rio de Janeiro. “Estamos avaliando se vamos trabalhar sozinhos ou em um consórcio que pode contar com empresa chinesas”, afirma o presidente mundial da Alstom, Patrick Kron.

Aliás, a China é um capítulo especial para a multinacional francesa. “Pelas características do país, trabalhamos em parceria com empresas chinesas em obras locais — só assim é possível a nossa presença naquele país”, diz Kron.

Segundo ele, os negócios estão se recuperando globalmente após a última crise. As encomendas do mundo desenvolvido, compreendido como Europa e EUA, ainda não se recuperaram do baque econômico. “Mas os emergentes já estão se movendo, implementando obras de infraestrutura”, diz.

Ele reconhece que os chineses são concorrentes cada vez maiores da empresa, mas afirma que a Alstom tem vantagens competitivas em relação aos asiáticos.