Unidade de ação pelos trabalhadores
Nesta quinta-feira, haverá nova reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (Conselhão), em Brasília, e vamos buscar avançar na discussão do que é realmente importante para fazer o Brasil voltar a crescer, gerar emprego e renda. Já deixamos claro que não aceitamos fazer reforma da Previdência como justificativa para os problemas do País. Sem desenvolvimento não adianta fazer reforma da Previdência.
As centrais sindicais estão unidas em torno desta questão. A primeira reunião do Fórum da Previdência Social, realizada no dia 17 de fevereiro, ressaltou a unidade de ação das entidades dos trabalhadores e dos aposentados que participam do órgão.Entendemos que é um erro discutir reforma da Previdência agora e, erro maior, tirar direitos previdenciários. Tudo está caindo nos ombros dos trabalhadores.
Considero que o resultado desta 1ª reunião foi uma vitória, porque deixou clara a posição e a unidade de ação das representações sindicais, unidade esta decisiva para o padrão de encaminhamento da reunião do fórum.
Nossa questão central é o Compromisso pelo Desenvolvimento e a retomada do crescimento. O documento Compromisso pelo Desenvolvimento, elaborado em conjunto com setores empresariais e centrais, tem propostas neste sentido.
Os trabalhadores precisam dessa mudança porque têm sido vítimas dos efeitos perversos da recessão e amargado demissões, atrasos de salário, fechamento de empresas, falta de produção, perda de renda. O desemprego só contribui para o aprofundamento da crise.
Mas estamos agindo: a) nos fóruns, no Conselhão; b) trabalhando pela unidade de ação das centrais sindicais; c) com as confederações de trabalhadores, articulando uma ampla unidade de entidades de diferentes setores; d) com os grandes sindicatos, fazendo uma articulação com as entidades mais representativas de diversas categorias; e) nas portas de fábrica, mobilizando os trabalhadores pelo emprego e fortalecendo a organização sindical.
Os trabalhadores são parte do desenvolvimento, têm propostas e muito a contribuir.
Miguel Torres
Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes e da CNTM (Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos) e vice-presidente da Força Sindical