Instituições querem elevar o custo em mais 2,5 pontos percentuais
Apesar da pressão dos bancos públicos para elevar os juros nas linhas de crédito com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), as condições dos empréstimos não serão alteradas por enquanto. O assunto foi retirado de pauta na quarta-feira durante a reunião do Conselho Deliberativo do FAT (Codefat), a pedido do ministro do ministro do Trabalho e Previdência, Miguel Rossetto, por pressão das centrais sindicais.
Atualmente, os tomadores pagam a TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo), que está em 7,5%, mas 5% ao ano. As instituições que operam as linhas do Fundo (Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e BNDES) querem elevar o custo em mais 2,5 pontos percentuais, sob alegação de que o risco do crédito subiu, com aumento da inadimplência.
Em 2015, foram contratadas 244,9 mil operações com dinheiro do FAT, que somaram R$ 8,9 bilhões, sendo 58% só no BNDES – segundo dados do Codefat. Neste ano, serão liberados mais R$ 6,2 bilhões. Os recursos são destinados a programas de geração de emprego e renda (projetos de infraestrutura, micro e pequenas empresas, cooperativas, atividades ligadas ao turismo, agricultura familiar, taxistas, dentre outros).
Para estimular a venda de carro novo, os conselheiros querem mexer nas condições da linha de crédito para carros usados com recursos do FAT. Atualmente, é permitido financiar veículos com até dez anos de uso. A ideia é reduzir o tempo de uso para quatro anos. O assunto voltará a ser discutido na próxima reunião do Codefat no dia 27 de abril.