Artigo Miguel Torres: Luta grandiosa das mulheres

Artigo publicado no Diário de S.Paulo, edição de 30 de março de 2016

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Luta grandiosa das mulheres

Neste 30 de março encerramos o chamado Março Mulher, mês em que celebramos o Dia Internacional da Mulher – comemorado no dia 8 – enaltecendo a luta das mulheres pela igualdade, suas conquistas no trabalho, na vida social e política, contra a violência, sua jornada lado a lado com os homens, sejam eles maridos, companheiros, filhos, colegas de trabalho, colegas políticos, sindicalistas, enfim.

Faremos uma caminhadaque vai sair às 9h, do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, na Liberdade, até a Superintendência do INSS, no viaduto Santa Ifigênia, região central.

Segundo a Pnad, a mulher começou a intensificar a sua atuação na atividade econômica na década de 70 e não parou mais. Nessa década, a maioria era jovem, solteira e pouco escolarizada. Na década de 1980, as mulheres com idade acima de 25 anos, chefes e cônjuges, com níveis mais elevados de instrução e nível de renda não muito baixo, foram as que mais aumentaram sua participação no trabalho remunerado. Com a intensificação dessa participação, cresceu o número de domicílios com mulher trabalhando fora e a percentagem de famílias chefiadas por mulheres.

Sua luta exige respeito. A mulher contribuiu no processo de democratização do País, ganhou autonomia para poder decidir sobre quando ter ou não filhos, é protagonista nas lutas por creche,seu nível médio de instrução é superior ao dos homens no mercado de trabalho, entre outras conquistas.

Elas, contudo, continuam sendo responsáveis pelos afazeres domésticos – a maioria dos homens não compartilha as tarefas do lar -, e ganhando menos que eles, em torno de 25%, segundo a OIT.

Essas disparidades estãorelacionadas com a subavaliação do trabalho realizado pelas mulheres e das competências exigidas nos setores ou profissões de predominância feminina, práticas discriminatórias e com o fato de as mulheres fazerem pausas na carreira para poderem assegurar as responsabilidades adicionais como, por exemplo, após o nascimento do filho.

As mulheres, porém, não desanimam. Estão em constante movimento e avançando na sua luta.Parabéns a elas!

Miguel Torres
Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes e da CNTM (Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos) e vice-presidente da Força Sindical