Presidente em exercício recebeu sindicalistas no Palácio do Jaburu.
Ações de combate ao desemprego também devem pautar a reunião-almoço.
Felipe Matoso
Do G1 em Brasília
O presidente em exercício Michel Temer ofereceu, na tarde desta sexta-feira (10), um almoço, no Palácio do Jaburu, a representantes de centrais sindicais para discutir propostas para a reforma da Previdência Social e ações de combate ao desemprego.
O governo criou, no mês passado, um grupo de trabalho para debater alterações nas regras previdenciárias. Esse grupo pretende fechar, ainda em junho, a proposta de reforma na Previdência para enviar ao Congresso Nacional.
Participaram do almoço desta sexta-feira na residência oficial da Vice-presidência integrantes da Força Sindical e da União Geral dos Trabalhadores (UGT), centrais sindicais aliadas ao governo Temer.
Durante o almoço, a assessoria de Temer divulgou no Twitter algumas falas do peemedebista. Ele disse, por exemplo, que encontrou o país “em grande dificuldades” e que elas são maiores do que as centrais podem imaginar.
Além disso, ele ressaltou que a primeira medida foi de criar “harmonia” entre o Legislativo e o Executivo, porque um dos meios de se conversar com sociedade é pelo Congresso Nacional”.
“Não vamos fazer nada contra os trabalhadores. (…) Temos que fazer mudanças por meio do diálogo. Vamos nos entendendo em nome do país”, disse o presidente em exercício no encontro, segundo a assessoria.
CUT
Desde que o impeachment passou pela Câmara e seguiu para o Senado, Temer passou a receber centrais sindicais para encontros.
A Central Única dos Trabalhadores (CUT), contudo, ainda não participou dessas reuniões, aliada histórica do PT, do ex-presidente Lula e da presidente afastada Dilma Rousseff, a entidade diz que não reconhece a legitimidade do governo Temer e considera o impeachment um “golpe”.
‘Impasse’
Após o almoço, que durou cerca de uma hora e meia, Paulinho da Força disse que, embora as conversas estejam em andamento, ainda há “impasse” quanto à idade mínima para aposentadoria.
Segundo Paulinho, essa proposta é defendida pelo governo, mas as centrais não aceitam. Em razão disso, explicou, na próxima segunda (13) haverá uma reunião entre as centrais e o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, para discutir o tema.
“O governo insiste na idade mínima e as centrais não concordam e vamos para frente, ainda há tempo para discutir isso. (…) Nós apresentando de imediato uma série de propostas para o governo para resolver de imediato o problema do caixa da Previdência”, declarou.