Jundiaí mobiliza mão de obra local para nova linha de produção do iPad

MARÍLIA ROCHA ENVIADA ESPECIAL A JUNDIAÍ

A ampliação da Foxconn em Jundiaí (58 km de São Paulo) para montar aparelhos da Apple pode render até 6.000 postos de trabalho à cidade e transformar o setor de informática no maior empregador da indústria local.
Em 2010, dos 55 mil empregados do setor industrial, 6.659 estavam em fábricas de produtos de informática, setor que ficou atrás apenas do de borracha, com 7.360.
A estimativa de que a montagem de iPads e iPhones pela Foxconn deva gerar 6.000 novos empregos é do presidente da Câmara, Julio Cesar de Oliveira (PSDB). Ele afirma que não haverá um “apagão” de mão de obra.
Já o presidente da ACE (Associação Comercial e Empresarial) local, Ricardo Diniz, estima que Jundiaí terá 3.000 vagas criadas pela expansão da companhia.
A montagem dos equipamentos da Apple na cidade precede um investimento de US$ 12 bilhões da companhia taiwanesa no Brasil.
Segundo o diretor do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de SP), Mauritius Reisky, o principal desafio para Jundiaí é criar “uma plataforma” que forme profissionais especializados no menor prazo possível.
Atualmente, a Foxconn emprega cerca de 3.000 pessoas em Jundiaí, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos.

CURSOS
Segundo o Senai de Jundiaí, o número de matrículas para o curso técnico em plástico, que forma um dos tipos de profissionais demandados pela Foxconn, cresceu mais que 150% entre 2003 e 2011: de 128 para 320 por ano.
Já o Senac registrou um aumento de 153% na formação de pessoal na área de tecnologia da informação.