O bem estar da população é assunto sério na Suécia. Esforçando-se para se manter na vanguarda no que diz respeito aos direitos trabalhistas, a Suécia começou, em 2015, a testar reduzir a jornada de trabalho, de 8 para 6 horas diárias, sem redução de salário. E os resultados começaram a aparecer.
Passado um ano, as autoridades garantem que o saldo é totalmente positivo: redução de faltas, maior produtividade e melhora até mesmo na saúde dos empregados. “Tivemos 40 anos de uma semana de trabalho de 40 horas. Hoje temos uma sociedade com índices mais altos de faltas por motivos de saúde e de aposentadoria antecipada”, afirma Daniel Bernmar, líder do Partido da Esquerda na Câmara Municipal de Gotemburgo, responsável pelo experimento. Daniel espera em breve instituir oficialmente a nova carga.
Algumas empresas tiveram de contratar novos funcionários, mas a maioria garantiu que o aumento da produtividade compensou o horário menor.
“Pensamos que a redução da semana de trabalho nos obrigaria a contratar mais funcionários, mas isso não aconteceu, porque todo mundo está trabalhando de modo mais eficiente”, disse Maria Brath, fundadora de uma startup em Estocolmo, que há três anos dobra sua receita e lucro anualmente – e o mesmo se deu com a jornada reduzida.
Empregados da Toyota em Gotemburgo garantem estar mais felizes, assim como seus patrões, pois o rendimento da empresa subiu em um ano. A jornada reduzida não é novidade no Suécia – somente um por cento da população trabalha mais de 50 horas por semana. Segundo as autoridades, não só a jornada menor como a flexibilização dos horários são o futuro do trabalho – ao menos na Suécia, um raro país onde o futuro parece sempre estar de fato logo ali.