Miriam Leitão mostra face burra, atrasada e patronal ao defender negociação da Previdência sem trabalhadores

Comentarista de economia da Rede Globo, jornalista ataca negociação de reforma da Previdência entre governo e centrais sindicais; Miriam Leitão defendeu ausência das representações de trabalhadores nas tratativas; para quem se considera preparada, ela disse uma grande bobagem: como discutir Previdência Social sem os maiores interessados?; Sindicato Nacional dos Aposentados emite nota de repúdio ao posicionamento; é por essa e outras que o jornalista Paulo Henrique Amorim, de reconhecida capacidade de análise, só chama Miriam de ‘urubóloga’

A jornalista Miriam Leitão se superou, na manhã desta quarta-feira 29, em seu posicionamento anti-trabalhadores. Versando sobre as negociações da reforma da Previdência Social, que envolvem governo e centrais sindicais, a comentarista da Rede Globo disse no programa Bom Dia Brasil (vídeo abaixo) que as representações de trabalhadores não deveriam estar presentes a esse debate.

http://globoplay.globo.com/v/5127295/

Para quem se acha sabichona e imparcial, a máscara caiu. Afinal, a Previdência Social interessa direta e objetivamente aos trabalhadores. Como eles poderiam, então, ficar fora de um debate sério e consequente sobre o tema? Só estariam fora, como defendeu Miriam, se esse debate não existisse, como acontece em sociedades autoritárias, ou fosse de mentirinha – a exemplo da imparcialidade que a jornalista diz ter.

Sempre chamada de ‘urubóloga’ pelo também jornalista Paulo Henrique Amorim, Miriam ganhou contra si a oposição do Sindicato Nacional dos Aposentados, que expediu Nota de Repúdio ao atrasado posicionamento dela. Abaixo:

Nota de repúdio do Sindinapi

Miriam Leitão vai na contramão dos trabalhadores e aposentados

Um dos principais projetos do governo Temer é, sob o falso argumento de um sistema deficitário, promover a reforma da Previdência. Em meio ao debate para assegurar os direitos dos cidadãos brasileiros, a economista Miriam Leitão disse, via programa de televisão, que as Centrais Sindicais não possuíam força política para negociar com o governo.
As Centrais Sindicais dos Trabalhadores existem há mais de 100 anos na sociedade brasileira. Mais do que constar na legislação, as ações das entidades sindicais em defesa dos trabalhadores e dos aposentados, por seu histórico de lutas e conquistas para assegurar direitos por uma vida com dignidade, credenciam-nas a serem interlocutoras junto aos governos.
O governo Temer, ao ouvir a posição dos trabalhadores por meio das Centrais, reconhece a força e a importância das entidades sindicais; por outro lado, a jornalista Miriam Leitão, não.
Mas, considerando as necessidades do povo, suas angústias, seus anseios, suas dificuldades, sua luta diária para sobreviver em um país com tantos descaminhos, não podemos aceitar que Miriam Leitão critique aqueles que defendem os menos favorecidos.

Carlos Ortiz, presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados
João Inocentini, presidente licenciado do Sindicato