Assembleia na quadra dos bancários, em São Paulo
Bancários de todo o País decidiram iniciar nesta terça (6) greve por tempo indeterminado. A categoria rejeitou a proposta de 6,5% de reajuste salarial, mais abono de R$ 3.000,00, apresentada pela Federação Nacional dos Bancos. Os trabalhadores também reclamam da falta de proteção aos empregos, perdas na PLR e nos vales-alimentação/refeição e cobram melhores condições de trabalho.
Contec – O presidente da Contec (Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Empresas de Crédito), Lourenço Prado, disse à Agência Sindical que a proposta dos banqueiros é uma afronta. “Diante da manutenção da contraproposta patronal e da inflexibilidade dos bancos, não nos resta outro caminho que não seja a greve”, afirma.
Ele também rechaça o que chama de artimanha do abono salarial. “Nós já sofremos com o impacto da inflação. O abono não é incorporado ao salário, e ainda é descontado no imposto de renda e INSS. Que negociação é essa que só dá vantagem a um lado?”, questiona Lourenço.
Em entrevista à Agência Sindical, a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Juvandia Moreira Leite, denuncia que os bancos seguem demitindo e se negam a negociar proteção ao emprego. “A categoria vem sofrendo, constantemente, com as demissões. Só neste ano, já são mais de sete mil trabalhadores demitidos e os bancos sequer se disponibilizam a negociar medidas que revertam essa situação. Diante deste cenário, a paralisação é justa e necessária”, defende.
A proposta da Fenaban ao Comando Nacional dos Bancários prevê reajuste salarial de 6,5% que representa perda real de 2,8% (inflação de 9,57%) e significaria, em um ano, redução de R$ 436,39 nos vales-alimentação/refeição, se levada em conta a inflação projetada.
Nova assembleia – Se até hoje (5), a Federação dos Bancos não fizer contraproposta, já está marcada nova assembleia organizativa de greve. Em São Paulo, ela será realizada a partir das 19 horas, na Quadra dos Bancários (rua Tabatinguera, 192, Sé).
Fonte: Agência Sindical