Monopólio do banco na administração dos recursos é questionado por alguns conselheiros do fundo, que defendem formas de melhorar a remuneração
A Caixa Econômica Federal recebe R$ 4,4 bilhões por ano para administrar o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), que completa 50 anos nesta terça-feira. O valor representa 1% do ativo do fundo, que é direcionado para remunerar o banco, que tem o monopólio na administração dos recursos dos trabalhadores.
A regra que estipula esse porcentual para o pagamento ao gestor entrou em vigor em agosto de 2008, mas vem sendo questionada pelos membros do conselho curador do FGTS – órgão que reúne representantes do governo, dos trabalhadores e dos empregadores. Muitos questionam a exclusividade da Caixa na gestão dos recursos, diante do baixo retorno das aplicações do dinheiro.
“Sabemos que houve ganhos com a centralização dos recursos em um único banco”, defende a vice-presidente de fundos e loterias da Caixa, Deusdina dos Reis Pereira. Segundo ela, o banco faz uma gestão transparente e responsável dos recursos, procurando dar comodidade e facilidade ao trabalhador, além de contar com uma rede ampla de agências e loterias em todo o País.