Os dirigentes dos 54 sindicatos de metalúrgicos do Estado participaram nesta quarta-feira (19) de nova assembleia na sede da Federação dos Metalúrgicos, em São Paulo, para fazer uma avaliação da Campanha Salarial, das negociações e as ações para enfrentar os setores patronais mais intransigentes.
Diante da crise e das dificuldades na mesa de negociação com os patrões, os dirigentes decidiram intensificar as ações de mobilização, com assembleias nas fábricas e manifestações, sobretudo nas empresas dos negociadores patronais dos grupos 10 (Fiesp), 19-3 e Estamparia de Metais, que estão mais intransigentes.
Queremos a reposição das perdas salariais, valorização dos pisos, manutenção das cláusulas sociais da Convenção Coletiva de Trabalho. A data-base é 1º de novembro.
Risco aos direitos
Na abertura da assembleia, a mesa, integrada por Cláudio Magrão (presidente da federação), Miguel Torres (metalúrgicos SP), Chiquinho (Mococa), Cabeça (Guarulhos), Eliseu (Jundiaí) falaram da decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes, de suspender os efeitos das decisões da Justiça do Trabalho sobre a aplicação da ultratividade de normas e acordos e convenções coletivas.
“Essa decisão é um risco a todos os direitos trabalhistas e às convenções coletivas de trabalho. Ela põe em risco, inclusive, as datas-bases de reajuste salarial”, criticou Miguel Torres, presidente da CNTM e vice-presidente da Força Sindical.
A assembleia avaliou que este é mais um golpe duríssimo na classe trabalhadora e um benefício para o setor empresarial. Mas vamos reagir. A CNTM e outras entidades sindicais do Brasil estão preparando uma frente jurídica para entrar no Supremo com um recurso ´amicus curiae´.
NEM UM DIREITO A MENOS!
Presidentes Miguel Torres e Magrão – foto Jaelcio Santana