O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e da CNTM, Miguel Torres, vice-presidente da Força Sindical, encontrou-se nesta terça, 16, com os desembargadores Wilson Fernandes, presidente do Tribunal Regional do Trabalho, da 2ª Região, e Carlos Husek, vice-presidente, responsável pela condução das audiências dos dissídios de greve.
A reunião foi na sede do TRT, na Consolação, e contou com as presenças de Danilo Pereira, presidente da Força Sindical-SP, Eduardo Annunciato, o Chicão (eletricitários), Antonio Vitor (alimentação), Eufrozino Pereira (metalúrgicos de SP) e Antonio Ramalho (construção civil) e a advogada Liliam Pascini, do Departamento Jurídico do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo.
Foi um encontro de cordialidade mútua e de manifestação de apoio, dos sindicalistas à Justiça do Trabalho, e dos magistrados à luta dos sindicatos pelos direitos trabalhistas. “A Justiça do Trabalho é imprescindível para a democracia, para fazer valer a lei, para o equilíbrio das relações entre capital e trabalho e, como o próprio nome diz, fazer justiça aos mais vulneráveis do sistema, os trabalhadores”, disse Miguel Torres.
O presidente do TRT disse que o que a Justiça faz é aplicar a lei e que é uma falácia acreditar que a reforma trabalhista vai gerar empregos. Segundo ele, a crise econômica está gerando mais processos e situação de crise não é o momento favorável para a realização de reformas.
O desembargador Wilson disse também que a população percebe com mais facilidade as mudanças que virão com a reforma da Previdência, porque ela calcula o tempo a mais que terá que trabalhar para se aposentar. E não têm noção dos efeitos da reforma trabalhista porque ela está vindo com a bandeira de que vai gerar empregos e isso é uma coisa que não dá para saber.
Homenagem
Durante o encontro, Miguel Torres entregou aos magistrados uma placa de agradecimento pelo trabalho, seriedade e senso de justiça no encaminhamento dos processos trabalhistas.
A homenagem acontece num momento em que as propostas de reforma do governo acenam que a Justiça trabalhista não é necessária, buscam impedir que os trabalhadores recorram à Justiça para cobrar direitos não honrados pelos empregadores e promovam o desmonte da Justiça.