Metalúrgicos da Quasar estão em estado de greve

Alexandre Melo

Do Diário do Grande ABC

Os benefícios conquistados pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá na campanha salarial para os funcionários da TRW Automotive  e Metalúrgica Quasar não foram satisfatórios. Quase 1.250 trabalhadores estão em estado de greve nas empresas reivindicando o pagamento de abonos emergenciais para compensar perdas salariais.

Em Santo André, 450 funcionários da TRW já cruzaram os braços. Segundo o diretor executivo do sindicato, Aldo Meira Santos, os metalúrgicos querem além dos 10% de reajuste no salário e abono de 26% que será pago em dezembro, valor adicional de R$ 1.200. “A empresa ofereceu R$ 1.100, sendo parte em dinheiro e outra em vales-compras. A proposta foi recusada.” A TRW – que também possui unidade em Diadema – é especializada na produção de dispositivos de segurança automotiva.

Santos acrescenta que os funcionários da unidade instalada em Capuava também exigem sistema de bonificação por produção e a definição de plano de cargos e salários na companhia. Hoje, funcionários dos dois primeiros turnos vão permanecer parados. Às 13h acontecerá assembleia para definir os rumos do movimento. “Consideramos que as conquistas da campanha salarial não foram suficientes”, afirmou o diretor.

MAUÁ

Durante a tarde de ontem, cerca de 800 trabalhadores da Metalúrgica Quasar  também se reuniram em frente à empresa com o mesmo objetivo. Na pauta estão o pagamento de abono emergencial de R$ 2.500, plano de carreira e o fornecimento de refeição na empresa.

“Encaminhamos a proposta para avaliação, mas a empresa se recusou a negociar. Até amanhã os funcionários vão parar a produção por duas horas. Caso não seja estabelecido acordo até sexta-feira todos vão cruzar os braços”, disse o diretor executivo Geovane Corrêa.

O sindicalista detalha que a campanha salarial deste ano conquistou 10% de reajuste salarial para esses metalúrgicos – cujo salário médio é de R$ 1.207 – e 26% de abono salarial.

A Quasar fornece componentes para suspensão, chassis, motor e carroceria para veículos fabricados para companhias como Fiat, Ford, General Motors e MAN. Corrêa destaca que os benefícios conquistados pelo sindicato da categoria injetarão na economia da região R$ 4,7 milhões. A equipe do Diário contatou as metalúrgicas, mas não teve retorno até o fechamento desta edição.