O movimento sindical tem dois importantes desafios neste segundo semestre de 2018. O primeiro é conduzir com êxito as campanhas salariais das categorias. O segundo desafio é participar das eleições, mobilizando a base para o processo eleitoral.

A avaliação é de Miguel Torres, que preside o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, a CNTM e é o atual presidente da Força Sindical. Em entrevista à Agência Sindical, o sindicalista comenta estes e outros temas.

Campanhas das categorias

“Várias categorias já se mobilizam. Queremos garantir as atuais conquistas das Convenções Coletivas e também buscar alguma forma de ganho real. Esperamos, ainda, nessas negociações coletivas, avançar e assegurar o custeio sindical. O fim da contribuição sindical é um baque violento nas finanças das entidades.”

Processo eleitoral

“Entre os trabalhadores, o descrédito nos partidos e nos políticos é muito forte. Mas temos de motivar os companheiros a participar do processo eleitoral, mostrando a força e a importância do voto. Nossa orientação deve ser para que o trabalhador não vote em políticos que atacam direitos ou apoiam projetos e iniciativas que precarizam o trabalho.”

Sindicalização

“O desalento atinge também o ponto de vista dos trabalhadores sobre os Sindicatos. Mas nosso papel de dirigentes é fazer o convencimento e chamar esses companheiros a se sindicalizarem e participarem das mobilizações de sua entidade de classe.”

Debate – O Sindicato dos Metalúrgicos promove uma série de encontros com presidenciáveis dos mais diferentes partidos. Miguel Torres comenta: “Esses debates possibilitam ao pré-candidato expor aos metalúrgicos da nossa base as suas propostas e também a demarcar seu campo político e seus compromissos”.