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15 de Março: Trabalhadores do Paraná protestaram em defesa da aposentadoria

Metalúrgicos-da-Grande-Curitiba

Somente na Grande Curitiba, 32 mil trabalhadores, entre metalúrgicos, motoristas e cobradores, ligados à Força Sindical do Paraná, participaram dos protestos. Manifestações ocorreram também em Londrina, Maringá, Paranaguá e Pato Branco. Na Assembleia Legislativa, deputados, promotores e sindicalistas aprovaram carta do movimento “Todos contra o fim da aposentadoria”, que exige uma auditoria nas contas da Previdência

Milhares de  trabalhadores participaram nesta quarta, em todo o Paraná, dos protestos em defesa da aposentadoria. A mobilização fez parte do Dia Nacional de Lutas Contra a Reforma da Previdência, organizada pela Força Sindical e demais centrais sindicais, em todo o país. Somente na Grande Curitiba, mais de 32 mil trabalhadores entre metalúrgicos, cobradores e motoristas, ligados à Força Sindical do Paraná, cruzaram os braços. Em ato unificado trabalhadores se reuniram no centro da capital para caminhar até a Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP) para participar da audiência pública sobre a reforma da Previdência. Manifestações também ocorreram nas cidades de Londrina, Maringá, Paranaguá e Pato Branco.  Como parte do Movimento “Todos contra o fim da aposentadoria”, também foram coletadas assinaturas para o abaixo assinado que exige uma auditoria nas contas da Previdência Social.

“Os trabalhadores deram o recado para o governo de que não aceitam essa proposta de reforma da Previdência, que rebaixa o valor aposentadorias e obriga o cidadão a trabalhar até morrer. Antes de se falar em sacrifícios da população, que se acabe primeiro com os privilégios mantidos com o dinheiro público. É por isso que  estamos juntos como movimento “Todos contra o fim da aposentadoria”. Precisamos de uma auditoria nas contas da Previdência. Só depois disso é que se pode falar em reforma”, diz o presidente da Força Paraná, Sérgio Butka.

Manifestações no Paraná

Curitiba

Em ato conjunto, mais de 32 mil trabalhadores paralisaram as atividades na capital e realizaram atos pela campanha Todos contra o fim da aposentadoria.

Liderados pelo Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba mais de 20 mil metalúrgicos paralisaram as atividades nas entradas de turno da Renault, Volvo, Volkswagen, CNH, Bosch, Trox, Brafer, entre outras empresas da categoria.

Os motoristas e cobradores de Curitiba e Região Metropolitana também pararam geral. Foram realizados atos em defesa à aposentadoria na 29 garagens de ônibus da capital.

Paranaguá

Portuários e metalúrgicos de Paranaguá também participaram da luta me defesa da aposentadoria. Pela manhã, eles realizaram um ato na BR 277, na entrada da cidade, e depois caminharam por 15 quilômetros até o porto do Paranaguá.  No início da tarde,  os trabalhadores se dirigiram em marcha, para o centro da cidade, onde se encontraram com outras categorias para uma grande manifestação na Praça Fernando Amaro. O ato contou com a participação de mais de 5mil pessoas.

Maringá

Os metalúrgicos de Maringá  e mais 18 categorias  realizaram um ato no centro da cidade. Segundo a Policia militar participaram o protesto cerca de 12 mil pessoas.

Londrina

Os metalúrgicos de Londrina também participaram do atos realizados na cidade. Logo de madrugada foram realizadas assembleias nas portas de entrada das empresas da categoria. Trabalhadores do transporte coletivo também cruzaram os braços. Às 11h, houve uma grande caminhada pelo centro da cidade com a participação de mais de 8 mil trabalhadores entre metalúrgicos, do comércio, motorista e cobradores, servidores públicos, bancários, aposentados, vestuário, asseio e conservação e professores.

Deputados, promotores e Centrais aprovam carta para exigir auditoria na Previdência

Também hoje, ao final  da audiência pública sobre a reforma da Previdência, no plenarinho da Assembleia Legislativa do Paraná, deputados, Centrais Sindicais, associações de magistrados e de procuradores, entre outras entidades da sociedade civil organizada, aprovaram a carta do movimento “Todos contra o fim da aposentadoria”,  que exige uma auditoria nas contas da Previdência.

Os participantes da audiência cobraram mais transparência em relação ao tema da Previdência. “Um projeto de tamanha envergadura que afeta direitos fundamentais para a proteção e dignidade precisa sim passar por um amplo debate democrático com a classe trabalhadora que será a principal atingida por esta medida”, analisou o promotor de justiça, Fernando da Silva Mattos, representando a Associação Paranaense do Ministério Publico (APMP).

“Há um foco de resistência. A sociedade civil se mobiliza contra. A população precisa ter um conhecimento do que se propõe e quais são os resultados na vida dela para os próximos dez, vinte, trinta anos. E qual é a repercussão que isso vai ter na vida pessoal, pois a reforma atinge as gerações futuras”, ressalta Paulo da Cunha Boal, presidente da Associação dos Magistrados do Trabalho da 9ª Região.

“Qualquer reforma que venha atropelada, sem diálogo, sem discussão e sem a participação de todas as entidades, ainda mais uma reforma tão grande como esta, ela caba desembocando no judiciário. A quantidade de ações que nós vamos ter vai ser enorme porque fere direitos e garantias, obrigando a pessoa a recorrer ao judiciário”, frisa Patrícia Lopes Panasolo, presidente da Associação Paranaense dos Juízes Federais.

Para o deputado estadual, Anibelli Neto (PMDB),  que integra a Frente Parlamentar em Defesa do Trabalhador do Campo e da Cidade, o projeto da reforma é retrocesso:  “Sem sombra de dúvida isto é um verdadeiro absurdo com a classe trabalhadora. Conquistas históricas estão sendo ceifadas”, alertou durante a audiência.

Movimento “Todos contra o fim da aposentadoria”

O movimento “Todos contra o fim da aposentadoria” foi criado no início deste mês, através de uma fanpage na rede social Facebook e já conta com 183 mil curtidas. Além da população em geral, várias entidades já aderiram ao movimento, entre elas estão a Força Paraná e demais centrais sindicais, a Frente das Entidades de Carreira Pública no Paraná, Associação dos Magistrados do Paraná – AMAPAR,  Associação Paranaense do Ministério Público – APMP, Associação dos Procuradores do Estado do Paraná – APEP, Ministério Público do Trabalho do Paraná – MPT, Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita do Estado do Paraná – SINDICONTAS, Associação Paranaense dos Juízes Federais – APAJUFE, Associação dos Oficiais Policiais e Bombeiros Militares do Estado do Paraná, Sindicato dos Auditores Fiscais do Tribunal de Contas do Paraná – SINDICONTAS, Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal –DS Cutitiba – SINDIFISCO NACIONAL, Associação Paranaense dos Advogados Públicos,   Associação dos Magistrados do Trabalho da 9ª região – AMATRA 9,   Associação dos Defensores Públicos do Paraná, Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho – Regional PR – ANPT, entre outras movimentos e órgãos da sociedade civil organizada.

Além do abaixo assinado para exigir uma auditoria na Previdência, o movimento também espalhou diversos outdoors alertando a população para o posicionamento dos deputados federais paranaenses em relação à reforma da Previdência. Os outdoors, com a chamada “O voto deles pode acabar com a sua aposentadoria”, estão espalhados em 14 cidades: Curitiba, Fazenda Rio Grande, São José dos Pinhais, Cascavel, Apucarana, Arapongas, Londrina, Campo Mourão, Francisco Beltrão, Irati, Guarapuava, Pato Branco, Toledo e Umuarama,  principais bases eleitorais de cada deputado.

Com o apoio das entidades, o Movimento também está promovendo adesivaços  de carro pelas ruas de Curitiba e veiculando a campanha em emissoras de rádio de todo o estado. A ideia é espalhar a campanha  por todo o Brasil.

O endereço do movimento é www.facebook.com/todoscontraofimdaaposentadoria