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250 cipeiros metalúrgicos participam do 14° Encimesp

Cerca de 250 cipeiras e cipeiros metalúrgicos participam do 14° Encimesp – Encontro de Cipeiros Metalúrgicos de São Paulo e Mogi dos Cruzes -, aberto nesta quinta-feira (28), no Centro de Lazer da Família Metalúrgica, em Praia Grande. A abertura contou também com as presenças de dirigentes de outras categorias ligadas à Força Sindical e de representantes dos técnicos em segurança no trabalho.

O evento tem como tema “O trabalho como determinante no processo saúde-doença” e prossegue nesta sexta-feira, com a presença do ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, que debaterá com os cipeiros o papel do Ministério na fiscalização dos ambientes de trabalho. 

O principal ponto dos discursos dos dirigentes foi a questão da prevenção e da melhoria da segurança e das condições de trabalho para evitar acidentes e doenças provenientes da atividade profissional.


Miguel Torres, presidente do Sindicato, CNTM e Força Sindical

O presidente do Sindicato, Miguel Torres, destacou a importância da organização para avançar na melhoria dos ambientes e na aplicação das normas de preservação, como a NR 12, que trata da proteção das máquinas e equipamentos, e lembrou que desde 1981, o Sindicato atua em defesa da saúde e da segurança.

“O Departamento de Segurança e Saúde do Sindicato tem tradição no movimento sindical. Em 1981, para desenvolvermos a organização dentro das fábricas, o caminho era eleger cipeiros com estabilidade e fazer o mapa de risco, para o sindicato saber o que tinha dentro das fábricas e poder apontar os problemas, atuar e cobrar medidas. Conquistamos direitos por meio do departamento e ganhamos prêmios por trabalhos desenvolvidos, como o Máquina Risco Zero – Nossa Meta, editado em vários capítulos”, lembrou Miguel Torres.

O diretor Luisinho, coordenador do Departamento de Segurança e Saúde do Trabalhador, falou da luta pra melhorar a NR 12 (Norma Regulamentadora) e que, depois de um difícil processo de negociação, que envolveu representantes dos empresários, trabalhadores, governo e entidades ligadas à segurança do trabalho, alguns setores patronais, como a Confederação Nacional da Indústria, estão condenando porque alegam que a norma vai dar prejuízo financeiro às indústrias. “A gente consegue transformar medidas importantes em lei, mas não tem garantia da sua aplicação”, disse Luisinho.

A diretora financeira, Elza Costa, destacou a presença de muitas mulheres no auditório. “Acredito que o aumento da participação da mulher vem do trabalho que o Departamento da Mulher do Sindicato vem fazendo.” 

Elza também ressaltou o trabalho do diretor Luisinho à frente do Departamento de Segurança e Saúde. “A equipe leva muito a sério o trabalho e o Luisinho participa de todas as reuniões e eventos junto a outros órgãos e entidades. Informação é tudo, quem tem informação faz melhor o seu trabalho. Cada um aqui veio para ter mais conhecimento, aprender. Quando a gente tem informação, o resultado só pode ser a vitória.”

Elza reafirmou a luta do Sindicato e dos cipeiros para que o presidente da Cipa seja eleito pelos trabalhadores e não indicado pela empresa. “Uma hora vamos conseguir”, disse.

O secretário-geral Arakém parabenizou os trabalhadores pela participação no encontro. “Vocês sabem da importância que é ser cipeiro e da responsabilidade que têm em relação à saúde e segurança dos companheiros da fabrica. Estão buscando mais força para desenvolverem o seu trabalho”.

Apoio da diretoria
A diretora Leninha, coordenadora do Departamento da Mulher do Sindicato, disse que as mulheres sempre estiveram presentes nas lutas, “mas a sociedade sempre nos deixou para trás, nos escondeu. O Sindicato luta pela participação cada vez maior das mulheres nas ações sindicais, tem hoje seis diretoras mulheres. Esta é uma diretoria que pensa que uma sociedade é democrática quando homens e mulheres trabalham juntos.”

O departamento vai realizar o 6° Coletivo de Mulheres no dia  19 de setembro, no Sindicato, e as cipeiras foram convidadas a participar.

Valdir Pereira, coordenador do Departamento de Esportes, disse que “a gente pode ganhar muito dinheiro, mas sem saúde a gente não tem nada”, e convidou os presentes para participar do encerramento da 6ª Copa de Futebol do Sindicato, que será realizada no dia 27 de setembro, no Clube de Campo em Mogi das Cruzes.

O diretor Cícero Mendonça, coordenador do Departamento Jurídico, falou sobre a atuação do departamento em relação às ações em defesa dos direitos dos cipeiros e esclareceu dúvidas sobre a questão da estabilidade, mandato da Cipa, transferência para outra localidade, entre outras questões.

Outras participações
O presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados e Pensionistas, da Força Sindical, Carlos Ortiz, lembrou que hoje as pessoas estão vivendo mais e que é importante o trabalhador trabalhar com segurança para poder chegar à aposentadoria com saúde e com benefício digno. Ele defendeu que os técnicos de segurança, que hoje são contratados pelas empresas, deveriam ser indicados pelos sindicatos, e demitidos pelos trabalhadores, caso não atuem com eficiência.

Arnaldo Gonçalves, secretário de Saúde da Força Sindical, disse que os sindicatos procuram cada vez mais trabalhar com os cipeiros para que os trabalhadores nas fábricas tenham mais proteção e possam, ao final de cada dia, voltar para casa com a saúde preservada.

Ruth Coelho, secretária da Secretaria de Direitos Humanos da Força Sindical, disse que segurança e saúde são direitos humanos, principalmente direito à vida. “A saúde não é um bem que se possa vender. Essa luta por segurança e saúde faz com que o sindicato esteja na luta pelos direitos humanos também. É uma ferramenta importante para  também para revermos a questão da mulher no local de trabalho. As máquinas são feitas para os homens, o ambiente de trabalho é pensado para os homens. Nesses encontros é importante olharmos para estas questões específicas e as diferenças entre os sexos”, disse.

O companheiro Serginho, presidente da Federação dos Trabalhadores Químicos do Estado de São Paulo, disse que é importante saber qual é o papel do cipeiro, para que seja fortalecida a luta pela prevenção. “É um dos caminhos para se combater os acidentes de trabalho. A prevenção envolve o cipeiro na fábrica, o serviço da segurança e saúde, o sindicato na fiscalização e um Ministério do Trabalho atuante e que, infelizmente, está quebrado”.

O companheiro Armando, presidente da Federação Nacional dos Técnicos de Segurança, disse que “o acidente acontece onde a prevenção falha”. Segundo ele, o responsável pelos riscos no ambiente de trabalho é o empregador. “Onde o cipeiro entra? Tendo conhecimento e informação e próximo do Sindicato vocês terão argumentos para reivindicar segurança e reduzir acidentes e doenças”, enfatizou.

Homenagem
Durante o evento, o presidente licenciado do Sindicato dos Técnicos em Segurança, Marquinhos, entregou uma placa ao diretor Luisinho em homenagem ao trabalho que ele vem desenvolvendo na área de segurança e saúde. Surpreso, Luisinho dividiu a homenagem com o presidente Miguel Torres, a diretora Elza, Arakém e toda a diretoria, “que ajudam e dão apoio ao trabalho do departamento”.

Acesse a Galeria de fotos no site do Sindicato e confira outras imagens do primeiro e do segundo dia do encontro.