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3 mil vão às ruas contra fator previdenciário

Trabalhadores e sindicalistas cobram mudanças na Previdência e querem parar votações no Congresso

Tiago Mazza/Futura Press

Sindicalistas caminharam da Praça da Sé até
o Viaduto Santa Ifigênia

Três mil trabalhadores participaram, ontem, em São Paulo, de um protesto pelo fim do fator previdenciário e para cobrar a correção da tabela do Imposto de Renda.

Convocada pela Força Sindical e demais centrais sindicais, a manifestação saiu da Praça da Sé e foi até o Viaduto Santa Ifigênia.

“O fator é um desastre porque tira 40% do benefício no ato da aposentadoria”, reclamou o presidente da Força, Miguel Torres. “Já a tabela do IR precisa ser reajustada pela inflação, caso contrário os aumentos reais conquistados pelas categorias serão corroídos no pagamento do IR”, continuou o sindicalista.

“O fim do fator custaria ao governo R$ 3 bilhões, mas o governo se recusa a acabar com a medida. No entanto, não hesita em gastar R$ 17 bilhões em desoneração da folha de pagamentos das empresas e vai acabar quebrando a Previdência”, criticou o presidente licenciado da Força Sindical e deputado federal, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (SDD).

O parlamentar sugeriu às centrais pressionar os deputados a travarem a pauta de votação do Congresso Nacional até que o governo acabe com o fator previdenciário. O Palácio do Planalto é contra a medida por entender que aumentará ainda mais o déficit da Previdência.  Uma alternativa proposta ao governo é a fórmula 85/95, representando a soma da idade e do tempo de contribuição para mulheres e homens, respectivamente, mas também não há consenso para a troca.

O presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados da Força Sindical, Carlos Andreu Ortiz, ressaltou que a classe quer somente recuperar “o poder de compra dos aposentados”.