Como todos sabemos, a inflação tem se mantido em patamar elevado, acima da meta estipulada como ideal pelo governo, de 4,5% ao ano. Este cenário prejudica mais as pessoas que vivem de salário e os pequenos e médios empresários, que veem seus rendimentos corroídos pela alta dos preços.
O pior de tudo é que os preços sobem, enquanto a atividade econômica teima em ficar em níveis baixíssimos. Os juros altos desestimulam o investimento produtivo e leva o empresário para o mercado financeiro. Há muito tempo, nós, da Força Sindical, temos chamado a atenção do movimento sindical e da sociedade para este cenário de inflação alta e produção em baixa.
A situação pode se tornar catastrófica. Só não está pior por causa da luta dos trabalhadores por maiores salários, pela valorização do trabalho e pelo desenvolvimento do País. Tanto é verdade que o relatório da OIT de 2012/13 detectou que a média anual de crescimento do salário real no Brasil superou a média mundial entre 2009 e 2011.
No mundo, os salários cresceram 1,3% em 2009; 2,1% em 2010 e 1,2% em 2011. No País, os níveis atingiram quase o dobro: 3,2% em 2009, ano da crise; chegando ao ápice em 2010, com 3,8%; e 2,7%, em 2011.
A manutenção do crescimento dos salários no País, apesar da crise mundial, se deve às políticas de valorização do salário mínimo e ao ganho de produtividade no mercado. A pressão das Centrais Sindicais resultou na aprovação de uma lei que estipula a política de recuperação do mínimo, o que beneficiou 48 milhões de pessoas que têm sua renda vinculada ao valor do piso nacional.
Precisamos agora fazer boas campanhas salariais, pressionar os patrões para fecharmos acordos prevendo aumento real de salário e mais benefícios.