A mobilização pelas 40h tem que continuar, afirma Paulinho

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Paulinho, presidente da Força Sindical

“Partidos de esquerda já fecharam questão em prol das 40h”, afirma Paulinho

À frente das negociações para que a PEC 231/95 entre em pauta, o presidente da Força Sindical e deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP) avalia como positiva as articulações que já foram feitas. “Os partidos de esquerda já fecharam questão em prol das 40 horas semanais”, afirma em entrevista ao V.T. Mas, reforça: a mobilização tem que continuar.

V.T. – Qual é a expectativa das centrais frente à reunião desta terça-feira, 9?

Paulinho – Estamos num processo de esclarecimento visando sensibilizar os parlamentares a colocar em votação a PEC da redução da jornada de trabalho. Este ano é de eleição. É o momento de pressionarmos o Congresso a aprovar esta medida, que só trará benefícios para o País. Um deles é a geração de novos postos de trabalho.

V.T. – Qual foi o resultado das articulações com as lideranças dos partidos PT, PSB, PC do B e PTB, travadas na última terça?

Paulinho – Conseguimos adesão dos líderes de todos estes partidos. Acreditamos que iremos ter outras nos próximos dias. Os partidos de esquerda já fecharam questão em prol das 40 horas semanais sem redução salarial.

V.T. – O PDT já declarou que vai obstruir a pauta. Os demais partidos com que conversaram concordam com essa estratégia?

Paulinho – Nossa intenção é forçar uma negociação e a votação desta matéria. A PEC das 40 horas está pronta para ir a Plenário. A obstrução é o início de um processo.

V.T. – Começa a surgir algumas propostas alternativas a implantação das 40 horas imediatamente. Uma delas é escalonar a aplicação. Há possibilidade de a Força concordar com essa proposta? Em que termos?

Paulinho – Temos que ter consciência de que estamos num meio de um processo e a negociação sempre faz parte do processo. A pressão deve continuar forte com vigília no Congresso, atos e manifestações nas fábricas e pressão junto aos parlamentares. Durante o processo o escalonamento da diminuição de horas pode até ir para a mesa de negociação. O que queremos é iniciar o processo de negociação com os empresários.

V.T. – Enquanto acontece a pressão no Congresso, qual é a tarefa dos trabalhadores nas bases?

Paulinho – Os trabalhadores devem estar mobilizados, cobrar dos parlamentares. Os sindicatos devem ficar atentos e esclarecer os trabalhadores sobre esta luta. As entidades também podem se antecipar e iniciar o processo de redução nas fábricas. O importante é participar de atos, das manifestações e levar sempre esta bandeira de luta.

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Fonte: www.sindmetal.org.br