O Sindicato está fazendo um abaixo-assinado pedindo mudança na lei 10.101, estabelecendo o fim do desconto de Imposto de Renda na PLR (Participação nos Lucros ou Resultados). “A participação de todos os trabalhadores é fundamental para aumentar a pressão sobre o Congresso Nacional e acabar com esta injustiça”, afirma o presidente do Sindicato, Miguel Torres.
O empresário não paga IR sobre a sua parte do lucro na empresa, mas um trabalhador que conquista PLR, paga o imposto.
O secretário-geral do Sindicato, Arakém (foto), e o diretor Josè Luiz integram a comitiva de dirigentes sindicais que reúne-se nesta quinta-feira, dia 1º, às 11h, com o presidente da Câmara, Marco Maia, e às 16h com os ministros Gilberto Carvalho (secretaria-geral da Presidência da República) e Guido Mantega (Fazenda). Na pauta, o fim da cobrança de imposto de renda sobre a PLR dos trabalhadores.
Os metalúrgicos de São Paulo, do ABC, os químicos do ABC e de SP; bancários de São Paulo e Petroleiros lideram a luta pelo fim da cobrança do imposto na PLR.
Duas frentes de trabalho
Os sindicatos têm duas frentes de luta contra o IR sobre a PLR. A primeira é um abaixo-assinado que já soma mais de 200 mil adesões e que será entregue ao presidente da Câmara, Marco Maia, nesta quinta-feira. O documento pede agilidade na aprovação de projetos sobre a questão que já estão na casa.
Em outra frente, os sindicatos elaboraram uma proposta com nova tabela de alíquotas, que passa a cobrar IR de PLRs acima de R$ 8 mil. Hoje, o imposto começa a incidir em PLRs com valor a partir de R$ 1.567,00 e o desconto varia de 7,5% a 27,5% (este para valores acima de R$ 3.911,63).
A proposta será entregue aos ministros Gilberto Carvalho (confirmado) e Guido Mantega (a confirmar). Os sindicatos querem que o governo federal edite uma MP para que a nova tabela entre em vigor já em janeiro.
Por essa nova tabela, elaborada pelo Dieese, num universo de mais de 700 mil trabalhadores das categorias bancária, química/petroquímica, metalúrgica (somente nas montadoras), do ABC e de SP, o imposto de renda na PLR dos trabalhadores cairá de R$ 1,8 bilhão para R$ 251 milhões em 2011. Isso significa R$ 1,6 bilhão a mais no bolso desses trabalhadores no período.