CNTM Miguel Torres usa a tribuna, no dia 19 de junho, para defender mais espaço para dirigentes latino-americanos. |
Valeska Solis
Magrão, Miguel Torres (ao centro) e Edison Venâncio, na abertura do Congresso de
Fundação da IndustriALL, em Copenhague, Dinamarca, em 18 de junho.
Depois da forte pressão dos dirigentes brasileiros da CNTM/Força Sindical e CNM/CUT, o novo sindicato IndustriALL Global Union aceitou destinar nove cargos em sua direção para membros da América Latina e Caribe. Miguel Torres, presidente da CNTM, do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e presidente em exercício da Força Sindical, diz que foi preciso “uma grande manifestação de protesto, pois queriam ofecerer apenas seis vagas. Vale ressaltar o apoio de dirigentes sindicais de outros países como, por exemplo, os da África do Sul”.
Para Edison Venâncio, secretário de relações internacionais da CNTM, “a solidariedade entre dirigentes brasileiros, caribenhos e latino-americanos, com apoio de dirigentes de outras regiões, foi crucial para conquistarmos este importante avanço”.
O Congresso de fundação da IndustriALL Global Union foi realizado em Copenhague, Dinamarca, de 18 a 20 de junho, a partir dos congressos de dissolução das federações FITIM (Federação Internacional dos Trabalhadores das Indústrias Metalúrgicas), ICEM (Federação Internacional de Sindicatos da Química, Energia, Minas e Indústrias Diversas) e FITTVC (Federação Sindical Internacional dos Trabalhadores dos setores Têxtil, Vestuário e Couro).
A IndustriALL surge com 50 milhões de membros de filiados e representará os trabalhadores em uma ampla gama de setores, desde extração de petróleo e gás, minério, geração e distribuição de eletricidade até manufatura de metais e produtos metalúrgicos, construção de barcos, indústria automotiva, indústria aeroespacial, engenharia mecânica, eletrônica, indústria química, borracha, papel e pasta de papel, materiais de construção, indústria têxtil, confecção, couro e calçado e serviços ambientais.
Jyrki Raina, Secretário-Geral da IndustriALL, disse aos 1.400 delegados de 140 países presentes ao Congresso que “os trabalhadores têm que agir globalmente, porque os mercados são globais, o capital é internacional, e a informação e a comunicação também se dão em nível mundial”.
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