Combinação de chuva e deslizamento deixou mais de 20 mil desabrigados.
Uma semana depois, ainda há áreas relativamente isoladas.
Do G1 RJ
O número de vítimas na Região Serrana do Rio já chega a 742 em seis cidades. Ainda há pelo menos 17 localidades em que só é possível chegar de helicóptero ou carro 4×4.
Pelos últimos levantamentos dos municípios, são 353 mortos em Nova Friburgo, 298 em Teresópolis, 62 em Petrópolis, 22 em Sumidouro, 6 em São José do Vale do Rio Preto e 1 em Bom Jardim.
De acordo com a assessoria de Sumidouro, no entanto, oficialmente a prefeitura informa 21 mortos, já que não considera a morte de um doente por falta de socorro consequência da enxurrada que atingiu a cidade.
A prefeitura de São José do Vale do Rio Preto explica que 6 corpos foram encontrados na cidade, mas não há confirmação que eles sejam moradores do município. De acordo com a prefeitura, eles podem ser de moradores de outras cidades e chegaram até lá pela correnteza do Rio Preto.
Já a Polícia Civil informa que, até as 17h45 desta quarta-feira (19), 730 corpos já foram resgatados e identificados pelos peritos do IML (Instituto Médico Legal), sendo 295 em Teresópolis, 348 em Nova Friburgo, 63 em Petrópolis, 19 em Sumidouro, 4 em São José do Vale do Rio Preto e 1 em Bom Jardim.
A quarta-feira (19) começou sem chuva nas cidades mais atingidas pela combinação recente de enchente e deslizamento, como Teresópolis, Petrópolis e Nova Friburgo. Na terça-feira (18), a chuva que alagou as ruas do Centro de Petrópolis assustou os moradores. A Defesa Civil de Petrópolis informou que registrou três pequenos deslizamentos de terra ocorridos no Centro e nos bairros Bingen e Vila Militar, fora da área de Itaipava. Mas não há registro de novos problemas na região. A cidade tem 54 desabrigados e 3.655 desalojados.
Nova Friburgo
A prefeitura de Nova Friburgo calcula que haja na cidade, 1.970 desabrigados e 3.220 desalojados. Segundo a secretaria de Comunicação da cidade, o número é incerto porque ainda há muitas vítimas em casa de parentes e vizinhos, que não foram contabilizadas. Não há mais bairros isolados na cidade, mas as marcas da chuva continuam visíveis até no ponto mais famoso da cidade, a Praça do Suspiro.
A prefeitura de Nova Friburgo divulgou, na terça, através de seu blog, a lista com os números e os endereços de todos os orelhões da cidade que estão funcionando de graça. O objetivo é facilitar a comunicação de moradores com parentes e amigos.
Thamine Leta/ G1 Em Teresópolis, caminhão ficou suspenso com a força das águas |
Teresópolis
Em Teresópolis, segundo a prefeitura, grande parte do 3º Distrito, como é chamada a Zona Rural, ainda tem dificuldade de acesso por terra. A área representa 66% do município.
A cidade já soma 4.530 desalojados e 3.679 desabrigados das chuvas.
Bom Jardim
Em Bom Jardim, segundo a prefeitura, foi encontrado o primeiro corpo na cidade nesta terça, oficialmente, encontrado no distrito de São José do Ribeirão. Quatro pontes caíram na cidade que, por causa disso, está dividida em quatro regiões. Há muitas áreas em que a ajuda só chega de helicóptero. Entre elas: Banquete, São José do Ribeirão, São Miguel, Bem te vi, Bom Destino e Jardim Boa Esperança.
Toda a frota da prefeitura foi destruída pelas águas, o que dificulta o acesso das equipes de resgate e serviço na cidade e 1.200 pessoas estão desalojadas e 700 estão desabrigadas.
Glauco Araújo/G1 Carro destruído em São José do Vale do rio Preto |
São José do Vale do Rio Preto e Sumidouro
Em São José do Vale do Rio Preto, segundo a prefeitura, foram encontrados seis corpos que foram encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML) de Petrópolis. Não há registro de desaparecidos. As chuvas deixaram 2.064 desabrigados e desalojados. Na cidade, as localidades conhecidas como Poço Fundo, Parada Morelli e Areias seguem ilhadas.
Em Sumidouro, há aproximadamente 200 pessoas desabrigadas e cerca de 300 desalojadas, segundo a prefeitura. Há ainda sete localidades com acesso restrito: Santo André, São Bento, Cascata, Itororó, Fazenda Boa Vista, Fazenda Santa Cruz e Pilões.
Arthur Emanuel Vieira da Cruz/VC no G1 Prédio de dois andares destruídos em Areal |
Areal
Em Areal não houve mortos, segundo a prefeitura. Mas a chuva causou estragos, destruindo 50 casas e interditando várias pontes que fazem ligações entre os bairros do município.
Apenas o bairro Amazonas está numa área onde o acesso é muito difícil, mas mesmo assim, a ajuda está chegando aos moradores. A prefeitura calcula que 1.200 pessoas estão desabrigadas e 2.500 desalojadas.
Fonte: Texto e fotos do site do G1