O conteúdo do pacote de maldades anunciado pelo governo federal mostra que o verdadeiro propósito da presidenta Dilma Rousseff é fazer o ajuste fiscal arrancando o couro dos trabalhadores e do povo em geral. Sob o argumento de que precisa cortar gastos e aumentar a arrecadação, com a recriação da CPMF, para equilibrar as contas públicas, Dilma Rousseff faz terrorismo ao atacar o bolso da população.
É difícil acreditar na informação, mas a presidenta vai adiar o reajuste salarial dos funcionários públicos federais e atacar os programas sociais, reduzindo investimentos no Minha Casa, Minha Vida, no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e, sem surpresa, dizem que ela pode até cortar recursos do Bolsa Família.
Para a presidenta, as Centrais Sindicais, as confederações, federações e sindicatos de trabalhadores — entidades que historicamente sempre se destacaram na luta pela democracia, contra o arrocho salarial e por melhores condições de vida para os trabalhadores — não valem nada. São vistas com pouco caso pelo poder.
Ela mudou de lado. Largou os trabalhadores e se curvou diante dos banqueiros, único segmento da sociedade que saudou o pacote fiscal. O governo fez a opção errada de política econômica, e nós, trabalhadores, não estamos dispostos a pagar esta conta. Temos propostas para fazer o País crescer.
Ao contrário do governo, apostamos no desenvolvimento e crescimento do País, com valorização do trabalho e dos salários, distribuição de renda, redução dos juros, investimentos em educação e em novas tecnologias. Propomos, ainda, a reforma tributária e valorização do mercado interno.
Não aceitaremos, em hipótese nenhuma, que os trabalhadores paguem o custo da crise, engendrada por um governo incompetente, relapso e autoritário.
Miguel Torres, presidente da Força Sindical