O governo perdeu, no último dia 20, término da reunião do Copom que manteve a taxa de juros em insustentáveis 14,25% a. a., uma oportunidade de ouro de mostrar que está trabalhando para que o País retome o virtuoso caminho do crescimento econômico, com geração de emprego, mais investimentos, distribuição justa de renda, aquecimento da produção e do consumo.
E esta chance jogada fora vai fazer com que os já tão sofridos trabalhadores continuem penando com as perdas frequentes de postos de trabalho, com a inflação, com o crédito caro, com a insegurança e com a falta de perspectivas.
São cerca de doze milhões de desempregados no País, abandonados à própria sorte graças aos juros, que engessam a produção, inibem o consumo, martirizam o comércio e desestabilizam famílias. Sabemos que um dia a situação voltará ao normal, mas ainda à custa de quanto sacrifício por parte dos mais necessitados? Por que esta insistência em manter os juros nas alturas? Para satisfazer o setor especulativo?
Os juros altos são um dos grandes causadores do desemprego. Sendo assim, reduzindo-se os juros a tendência é que as empresas voltem a contratar e a produzir a todo vapor. Reduzir os juros é destravar a economia e permitir que o Brasil se desenvolva mais rapidamente e as oportunidades ressurjam para aqueles que hoje estão sem ocupação.
Paulo Pereira da Silva, Paulinho
Presidente da Força Sindical