Muito da pressão que o governo vem sofrendo por parte dos milhões de brasileiros que tomaram as ruas em protesto contra sua incapacidade de conduzir o País vem dos reflexos negativos de uma política econômica equivocada que ele insiste em levar adiante, e que traz a insolvência de empresas e o desemprego.
O trabalhador brasileiro está acuado. Milhões perderam seus empregos e não conseguem manter suas famílias. Outros, ainda empregados, convivem com a incerteza de, se no dia seguinte, irão acordar cedo para trabalhar.
Manter os juros altos para conter a inflação, além de ter se mostrado uma medida ineficaz, provoca retração industrial, reduz produção e consumo e faz com que eventuais investidores migrem para outros mercados. Mares calmos para ancorar em segurança.
Há tempos os trabalhadores e o movimento sindical vêm alertando para este paradoxo que só o governo não enxerga. Some-se a isto o crédito caro, impostos exagerados, um PIB combalido, denúncias e desmandos, além da falta de credibilidade que o País goza aqui e lá fora: quem arriscaria, ante este quadro, apostar no Brasil? Ninguém!
Algo tem de ser feito para que este cenário seja alterado. O povo está nas ruas clamando por mudanças. E o governo, na coxia, articulando planos mirabolantes para conservar o poder que tanto bem lhe faz, sem perceber que, agindo assim, apressa seu caminho rumo a um fim precoce.
Paulo Pereira da Silva, Paulinho
Presidente da Força Sindical