Os patrões, sob o pretexto da crise que, efetivamente, vem abalando todos os segmentos e a economia nacional como um todo, têm endurecido nas negociações das datas-bases de todas as categorias. Com isto, muitos deles apresentam propostas inaceitáveis, como por exemplo conceder reajustes inferiores à inflação do período e reduzir conquistas das Convenções Coletivas de Trabalho, entre outros devaneios.
O que os empresários parecem não perceber é que, da mesma forma que eles sentem os efeitos nefastos da recessão econômica, o conjunto dos trabalhadores – principalmente os de menor renda – sente de forma muito mais potente, pois convivem com salários que não acompanham a inflação, com a ameaça de demissões, com a alta das suas contas básicas e com a redução na compra de artigos de primeira necessidade, como alimentos e remédios, entre outras intempéries.
Estamos nos aproximando do final do ano, e muitas categorias importantes no mundo do trabalho, entre elas metalúrgicos, comerciários, aeroviários, têxteis, trabalhadores na alimentação e em edifícios e condomínios, ainda estão com suas Campanhas Salariais em aberto, e enfrentando situações cada vez mais complexas.
Desta forma, a Força Sindical entende que é preciso intensificar nossa mobilização e atuação para que consigamos manter e ampliar nossas cláusulas sociais e econômicas, manter nossos empregos e conquistar reajustes que supram nossas necessidades e nos tragam conforto.
A luta é árdua! Os patrões estão intransigentes em seus posicionamentos mesquinhos e dispostos a não ceder. Nós, entretanto, temos de estar firmes em nossos propósitos e dispostos a ir até o fim em defesa dos nossos direitos. Se preciso, vamos cruzar os braços e parar máquinas pelo tempo necessário para não arcarmos com o ônus de uma crise que não fomos nós quem criamos.
O momento é de união, mobilização e disposição para a luta em busca dos nossos objetivos. Lutamos por um Brasil mais igualitário e justo, e por uma vida digna para nossas famílias e para o povo brasileiro!
Miguel Torres
Presidente da força Sindical