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Ascensão feminina é realidade em todas as regiões

Por Katia Simões | De Brasília

Criado em 2004 com o objetivo de valorizar e reconhecer a presença feminina nos pequenos negócios, o Prêmio Sebrae Mulher de Negócios acompanhou na última década as mudanças sofridas pela economia e pela ascensão das novas classes sociais. Nesta década, o número de mulheres que comanda um negócio próprio cresceu 21,4% e hoje, a cada dez empresas abertas, três são lideradas por elas. A nova realidade não é uma exclusividade das regiões Sul e Sudeste. Nesse período, a taxa de crescimento de mulheres empreendedoras na região Norte foi de 80% e no Centro-Oeste de 43%.

Em 2013, das 6.987 inscritas, 3,46% pertenciam ao agronegócio; 49,33% ao comércio, 9,35% à indústria, 37,66% a serviços e 0,20% a serviços de educação. Os números, segundo Luiz Barretto, presidente do Sebrae, confirmam a diversidade de atuação das mulheres que antes estavam à frente de negócios muito específicos para o perfil feminino como salões de beleza e oficinas de costura, por exemplo. “Outra mudança importante é que hoje 66% delas empreendem por oportunidade e não mais por necessidade”, declara Barretto. Isto é, grande parte vê o empreendedorismo como uma opção de emprego que vai além da carreira tradicional em uma empresa pública ou privada.

“As candidatas se mostram cada vez mais maduras e preocupadas em adotar práticas de gestão que garantam a perenidade do negócio”, afirma Francisco Teixeira, coordenador de Projetos da Fundação Nacional da Qualidade. “Elas estão investindo mais em capacitação, gestão de pessoas, no relacionamento com o cliente, bem como estão mais atentas às questões de responsabilidade social.”

Realizado em parceria com a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM), a Federação das Associações das Mulheres de Negócios Profissionais do Brasil (BPW) e a Fundação Nacional de Qualidade (FNQ), o prêmio reuniu 6.987 inscrições em 2013, somando na década mais de 30 mil participações. Podem se candidatar ao prêmio empreendedoras com mais de um ano de atividade fiscal, mais de 18 anos e que não ultrapassem o faturamento anual de R$ 3,6 milhões.

Ao longo do tempo, a premiação sofreu mudanças. Em 2005 foram criadas duas categorias: pequenos negócios e negócios coletivos. Em 2096, firmou-se a parceria com a FNQ, afinando a criação de critérios de gestão para avaliar os negócios apresentados. Em 2013, a categoria negócios coletivos foi extinta cedendo lugar a duas novas premiações: microeempreendedora individual e produtora rural. Entre as inscritas, 39,39% faturam entre R$ 360 mil e R$ 2,4 milhões.

A faixa etária das empreendedoras também surpreende. Entre as 6.987 participantes, 22,48% têm mais de 50 anos; 64,56% entre 30 e 49 anos e apenas 12,95% têm até 29 anos.

Em 2013, além da campeã em cada categoria, foram premiadas, também, Thaís Fernandes de Araújo, responsável pela criação de um site de vendas de presentes customizados (Troféu Prata MEI); Raquel Aparecida da Cruz, instrutora de circo (Troféu Bronze MEI); Maria de Lourdes Secchin, cafeicultora (Troféu Prata Produtora Rural); Deborah Costa Gaiotto, produtora de hortaliças, ervas aromáticas e flores comestíveis (Troféu Bronze Produtora Rural); Maribel Emília Gaio, dona de laboratório de análises clínicas (Troféu Prata Pequenos Negócios) e Glaucineide Crivilin Del Caro, dona de lojas de decoração de interiores (Troféu Bronze Pequenos Negócios).