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Ato denuncia mortes e acidentes no trabalho

As mortes ocorridas nas obras de estádios em vários Estados, devido a Copa do Mundo, ampliaram os debates na sociedade sobre acidentes e mortes no trabalho. Mas o tema é debatido há anos pelos trabalhadores, que querem melhorias e soluções nos locais de trabalho. Os números são assustadores: somente em 2012 o Ministério da Previdência Social anunciou 2.731 mortes.

“Estes números refletem apenas parte da realidade, pois se referem apenas aos trabalhadores vinculados à Previdência”, observa Arnaldo Gonçalves, secretário nacional de Saúde e  segurança do Trabalho da Força Sindical, ao comentar a manifestação a ser realizada pela Central em 28 de abril, Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho. Para o secretário-adjunto João Scaboli, “nestes números não estão incluídas as mortes de servidores públicos estatutários, trabalhadores informais e autônomos”.

“A Central prioriza a Saúde e Segurança no Trabalho desde que foi criada. Investimos na capacitação dos dirigentes para que disseminem informações sobre prevenção e promoção da saúde em suas bases, e para que ocupem espaços em Conselhos Municipais de Saúde e nas Comissões Intersetoriais, para promover políticas públicas de saúde do trabalhador”, destaca Miguel Torres, presidente da Força Sindical.

Para Melquíades de Araújo, presidente da Fetiasp – Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação do Estado de São Paulo, local da manifestação de 28 de abril, “as indústrias adquirem máquinas modernas e tecnologias inovadoras, mas ironicamente ainda morrem trabalhadores em seus locais de trabalho. Isto demonstra a necessidade de as empresas seguirem uma política de Saúde e Segurança no Trabalho”.

“É preciso disseminar informações para que os acidentes sejam evitados”, declara João Carlos Gonçalves, Juruna, secretário-geral da Força Sindical. Para ele, “quem paga a conta é a  sociedade, através dos impostos recolhidos pela Previdência.

Com informação a sociedade poderá fiscalizar o processo produtivo do País. Para que se tenha uma ideia da situação, o Sindicato Nacional dos Aposentados, filiado à Força, tem 21 mil sócios que não são da Terceira Idade, mas sim vítimas de acidentes ou doenças do trabalho”.

“A Central não comemora o 28 de abril, mas faz manifestação neste dia”, diz Antonio de Sousa Ramalho, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil. O lema escolhido foi ‘Assédio Moral no Trabalho e Violência Organizacional Adoecem e Podem Matar!’.

A Força Sindical realiza atos nas diversas regiões do País por meio de suas estaduais. Elas participam dos debates preparatórios para a 4ª Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora, que deverá ser realizada em novembro ou dezembro.