Em assembleia, bancários de SP, Osasco e região decidiram entrar em greve por tempo indeterminado
Os bancários de 24 Estados e do Distrito Federal decidiram entrar em greve a partir de hoje por tempo indeterminado. Segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), os bancários rejeitaram a proposta de reajuste de 4,29% feita pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). Veja aqui a lista de Estados e municípios que aderiram à paralisação.
Os bancários pleiteiam aumento de 11%, elevação na Participação nos Lucros e Resultados (PLR), vale-refeição, vale-alimentação, auxílio-creche e pisos maiores, além de auxílio-educação. “Com os lucros de R$ 21,3 bilhões obtidos somente por cinco bancos no primeiro semestre deste ano, é possível o atendimento das demandas da categoria e garantir melhor qualidade de vida”, afirmou em nota Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.
A Fenaban (Federação Nacional de Bancos) afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, que espera uma contraproposta dos bancários e que já propôs reajuste “partindo” da reposição de 4,29% [inflação do período]. Os bancos afirmam que os trabalhadores do setor têm uma das maiores médias salariais do país, de R$ 4.111, jornada de trabalho reduzida, de seis horas diárias (30 horas semanais), com semana de cinco dias, enquanto a jornada legal para outras categorias é de 44 horas semanais.
Segundo o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, que aderiu à greve, existem 460 mil bancários no Brasil, sendo que 130 mil estão na base de São Paulo.
Histórico e alternativas
Em 2009, os bancários iniciaram uma greve também no final de setembro. A paralisação durou 15 dias, mas a greve na Caixa Econômica Federal foi estendida e durou 28 dias no total.
A Fenaban indica como alternativas para pagar as contas e fazer operações o atendimento via caixas eletrônicos ou pela internet. Para pagar contas é possível recorrer também a correspondentes não bancários, como casas lotéricas, agências dos Correios e outros estabelecimentos comerciais credenciados.
* Com informação da Agência Brasil