Está marcada para os dias 2 e 3 de junho, a reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) que deverá aumentar mais uma vez a taxa básica de juros (Selic), ultrapassando os já estratosféricos 13,25% ao ano atuais. Tanto que a Força Sindical, ao lado da CGTB e de movimentos sociais, marcaram para o dia 2, primeiro dia da reunião, um ato de protesto contra o aumento dos juros, às 10 horas, em frente à sede do Banco Central, em São Paulo.
Apesar de os juros altos serem um dos principais causadores da estagnação econômica do País, com a asfixia da produção, retração do consumo e a consequente perda de milhares de postos de trabalho, os tecnocratas do governo insistem em manter a Selic elevada, indo na contramão do desenvolvimento. Dar continuidade a medidas severas com a intenção de reforçar o aperto monetário e manter o câmbio flexível não é, como estamos vendo, a forma acertada de se colocar a economia nos eixos.
Na nossa visão, apenas a execução de uma política econômica eficaz, com investimentos pesados no setor produtivo, e a criação de um projeto evolutivo para o País, que se reflita em benesses para a classe trabalhadora – e juros mais brandos –, podem fazer com que o Brasil retome o caminho do crescimento econômico e social. Privilegiar banqueiros e especuladores não nos levará a lugar algum.