O número de pessoas com contas atrasadas no País é assustador.
Segundo o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), o total de brasileiros com dívidas em atraso chegou a 63,4 milhões.

São apontados como os responsáveis pela inadimplência: o desemprego, os altos juros cobrados pelos bancos, empréstimos, créditos e financiamentos e as exorbitantes taxas de juros aplicadas sobre o preço dos produtos de consumo.

As pessoas estão deixando de pagar contas básicas, como as de água e luz, atrasando prestações, condomínio, telefone, internet etc. etc. etc. Se as famílias de maior renda, que têm acesso a crédito de melhor qualidade, com juro menor e prazo maior, já estão no sufoco, de que modo estão sobrevivendo as famílias de menor renda?

É muito fácil dizer que o problema está na falta de controle de gastos e de consumo consciente. Queremos é ver os atuais governantes (prefeitos, governadores e Presidente da República) fazerem algo decente, Já, contra a crise e o desemprego, ajudando a população brasileira a sanar as dívidas e ter novamente saúde financeira, com tranquilidade para viver com bem-estar, adquirir produtos (fomentando o comércio, a indústria e o círculo virtuoso da economia), investir, poupar e planejar o futuro.

O mesmo iremos exigir dos governos eleitos para 2019. Que tenham um olhar social, para além dos interesses do mercado, com força política para controlar a ganância do sistema financeiro, exigir contrapartidas que facilitem a solução dos endividamentos e recolocar o Brasil nos trilhos do desenvolvimento, com geração de emprego, trabalho decente, distribuição de renda, justiça social e garantia de direitos.

Se grandes instituições bancárias e empresas, privilegiadas, costumam ser socorridas pelo Estado, o Estado não pode deixar à míngua, na crise sem fim, na humilhação das dívidas, a grande maioria da população brasileira, que é trabalhadora, empreendedora e solidária e quer continuar produzindo um crescimento econômico justo para todos. Merecemos um País melhor!

Miguel Torres
presidente interino da Força Sindical e presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes e da CNTM (Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos)