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Brics Sindical cobra mais empregos e fim das práticas antissindicais

As centrais dos cinco países do 4º Fórum Brics Sindical debateram e definiram uma Declaração de Ufá destinada ao presidente da Rússia Wladimir Putin.

O documento, assinado por dirigentes sindicais do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, defende políticas macroeconômicas e financeiras responsáveis, reformas estruturais que criem empregos decentes e o fim das práticas antissindicais.

“É um documento importante, uma contribuição sindical para a construção de mundo melhor e mais justo, pelo Trabalho Decente para todos, com condições dignas no ambiente de trabalho, saúde do trabalhador, igualdade e mais direitos garantidos”, diz Miguel Torres, presidente da Força Sindical, CNTM (Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos) e Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes.

Miguel Torres participa deste 4º Brics Sindical juntamente com outros dirigentes da Força Sindical, CUT, UGT, CTB e Nova Central. O evento ocorre paralelamente à cúpula do Brics Econômico, também realizado em Ufa, Rússia.

As centrais reivindicam reconhecimento do Brics Sindical pelas cúpulas governamentais. “Temos propostas sérias para o desenvolvimento e reivindicamos participar oficialmente do próximo Brics, que deve acontecer na China”.

Pelo fim das práticas antissindicais

Sobre o aumento das práticas antissindicais, as centrais sindicais lembram que direitos fundamentais da representação sindical e negociação coletiva estão sob ameaça em alguns países e sujeitos a ataques em outros.

Eles afirmam ainda que, em vários países, os empregadores tentam destruir o direito à greve, um direito fundamental dos trabalhadores reconhecido pela OIT (Organização Internacional do Trabalho).

Os participantes do Brics Sindical também demonstram preocupação com os problemas econômicos dos países do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).

Neste sentido, a Declaração de Ufa faz as seguintes considerações:

“…Não podemos aceitar que as medidas de austeridade, que falharam na Europa e nos Estados Unidos, sejam um caminho para sair da crise.

As receitas devem ser utilizadas para aumentar o investimento em bens do setor produtivo, os projetos de infra-estrutura, saúde, educação, ciência e tecnologia, pesquisa e desenvolvimento, formação profissional e atualização de competências: os investimentos devem ser usados para criar empregos decentes e salários mais altos.

De longa data, o aprofundamento das desigualdades crônicas não é de nenhuma maneira o resultado de leis naturais da economia. Elas são um resultado das políticas aplicadas, e podem ser superadas se essas políticas são alteradas em favor dos interesses da esmagadora maioria dos cidadãos…”