A Confederação Sindical Internacional (CSI) lançou uma campanha intitulada “Cuente Con Nosotras” (Conte conosco), que compromete homens e mulheres sindicalistas a introduzirem mudanças nas práticas sindicais que garantam mais mulheres em cargos de direção e esforços concentrados para sindicalizar mais mulheres.
A campanha propõe que 100 entidades filiadas a CSI participem, tendo em vista o 3º Congresso mundial da CSI em Berlim, Alemanha, em maio de 2014, para discutir sobre a participação das mulheres no movimento sindical.
Para Nair Goulart, Presidente Adjunta da CSI e Presidente da Força Sindical Bahia, o reforço do quadro propício a participação das mulheres continua a esbarrar em obstáculos institucionais, como a ausência de mecanismos de controle da inclusão das mulheres, reforçando a persistente sub-representação. Nair ainda afirma que “é preciso divulgar essa importante campanha se quisermos realmente mudar este cenário. É necessário estabelecer mecanismos de apoio, organizar outras campanhas internas e criar uma rede para discutir ideias e estratégias que assumam o compromisso da igualdade de gênero.”.
São vários os motivos para aderir à campanha e a CSI destaca seis:
Muito mais mulheres podem aderir a sindicatos como membros, militantes e líderes, quando os sindicatos refletirem a diversidade de gênero em suas políticas;
Com a promoção da campanha mulheres líderes dos sindicatos terão mais capacidade de fortalecer o poder e obter melhores direitos para os trabalhadores;
Reconhecer e valorizar as habilidades de liderança das mulheres é investir na democracia e na força do seu movimento;
Ter mais mulheres líderes melhora a capacidade dos sindicatos de organizar e mobilizar mais mulheres e ativistas;
Estatutos da CSI exigem um mínimo de 30% das mulheres em cargos de diretoria; e a Promoção de mulheres a líderes resultariam em organizações sindicais mais representativas na força de trabalho em seus respectivos países.
De acordo com Sharan Burrow, secretária-geral da CSI, “ter mulheres líderes é uma questão de democracia, direitos e voz. Para ser totalmente representativa de nossos membros, precisamos de mulheres líderes que participem das negociações, representando os trabalhadores em qualquer setor ou estruturas importantes.”
Fonte: Ascom Força Sindical Bahia