Campanha Salarial: Sindicato realiza 1ª assembleia regional de mobilização na zona sul

Presidente Miguel Torres

A sexta-feira, dia 29, foi intensa de manifestações e encaminhamentos das ações na luta pelos direitos. Após participar, pela manhã, da Plenária Nacional dos Trabalhadores da Indústria, que reuniu cerca de 1.500 dirigentes sindicais metalúrgicos e de várias categorias, no CMTC Clube, o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes realizou no final do dia, na zona sul da capital, a primeira assembleia regional de mobilização da categoria para a Campanha Salarial Unificada 2017.

A assembleia foi comandada pelo presidente do Sindicato e da CNTM, Miguel Torres, e reuniu cerca de mil trabalhadores de várias empresas da região, convocados pelos diretores Carlão, Cristina, Jamanta, Lourival, Nivaldo, Teco, Tito, Zé Silva e respectivas equipes..

Resistência à lei
Miguel enfatizou a importância da categoria estar mobilizada pra barrar a aplicação da lei (reforma) trabalhista, que entrará em vigor em novembro, impondo mudanças nos contratos de trabalho e tirando direitos, e defender a renovação da Convenção Coletiva de trabalho com todos os direitos.

Miguel explicou que a reforma tirou mais de 100 itens da CLT, entre eles, o imposto sindical, que é uma maneira de destruir o movimento sindical e a sua representação, e criou novas modalidades de contrato de trabalho: intermitente, jornada de 240h mensais, jornada especial de 25h semanais, a pejotização e trabalhador autônomo.

“A partir do contrato intermitente, a jornada poderá ser qualquer horário que o patrão quiser, de duas, três horas, sem garantia de contratação e o salário vai ser correspondente às horas trabalhadas, ou seja, vai ser subemprego. A pejotização vai transformar o trabalhador em empresa, e ele vai ter que dar nota fiscal. E tem o absurdo do trabalhador autônomo. A partir de novembro qualquer empresa poderá contratar uma pessoa como autônoma. Imagina como vai ser a remuneração desse pessoal. Se a gente não enfrentar essa situação , o modelo de contratação que temos hoje, com férias, 13º, FGTS, garantia de benefícios da Previdência, aviso prévio vai acabar, porque quando se negocia individualmente um contrato como esse você perde tudo”, explicou Miguel.

O secretário-geral, Arakém, falou que a nova lei reduz o valor dos benefícios, entre elas a multa do FGTS. “Tem tanta coisa que vai ser feita dentro da empresa”, disse.

O presidente lembrou que os trabalhadores ainda vão enfrentar outra ofensiva neste segundo semestre, que é a reforma da Previdência.
“Isso mostra que nós temos que nos rebelar e enfrentar e resistir. A luta faz a lei e não vamos aceitar nenhum direito a menos”, afirmou.

Os trabalhadores também se manifestaram e fizeram perguntas ao presidente sobre a questão dos direitos e posicionamento do Sindicato.

Negociações
As negociações da Pauta de Reivindicações da Campanha Salarial Unificada começam esta semana – nesta terça com o grupo 3(autopeças) e quinta-feira (5) com o grupo 2 (máquinas e eletroeletrônicos).

A próxima assembleia regional será realizada nesta quarta-feira, dia 4, na zona norte da capital.
Confira abaixo o calendário das assembleias

Secretário-geral Arakém comandou o encerramento da assembleia