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Leonardo Felix
Colaboração para o UOL, em São Paulo
O Contran (Conselho Nacional de Trânsito) tornou oficial, nesta quinta-feira (4), a alteração no sistema de placas de veículos brasileiros a partir de 1º de janeiro de 2016. Todos os carros emplacados a partir dessa data adotarão a nova identificação, padronizada em relação aos demais países do Mercosul (Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela). Além deles, os que solicitarem troca de município ou transferência de categoria também usarão o novo modelo.
A proposta vinha sendo estudada desde 2010 e estava prevista para entrar em vigor já neste ano, mas foi adiada para acerto de detalhes.
Similar ao que existe na União Europeia, o novo sistema terá elementos extras de segurança para dificultar a clonagem, que segundo o Denatran (Departamento Nacional de Trânsito) está com índices “elevados” na região. Além disso, permitirá integrar bancos de dados dos cinco países nos próximos anos.
“A medida permitirá um controle mais rigoroso do transporte de cargas, transporte de passageiros e também de carros particulares entre esses países”, garantiu Rone Barbosa, coordenador do Denatran.
PADRÃO
As novas placas terão o seguinte padrão: uma tarja azul na parte superior conterá o logotipo do Mercosul (à esquerda) e a identificação do país, com o nome ao centro e a bandeira no canto direito. A identificação do carro será feita com sete caracteres alfanuméricos dispostos de modo aleatório.
Segundo o Denatran, esta solução permitirá 450 milhões de combinações, contra as 175 milhões existentes no sistema brasileiro atual. Conforme UOL Carros apontou recentemente, o atual sistema com três letras e quatro números duraria no máximo até 2030.
A categoria de cada veículo na nova placa será indicada pela cor dos caracteres: preta (particulares); vermelha (comerciais ou de aprendizagem); azul (oficiais); verde (de teste); dourado (diplomáticos); e prateado (de coleção).
No caso específico do Brasil, serão acrescentados: uma tira holográfica à esquerda (similar àquelas usadas nas notas de R$ 50 e R$ 100, para evitar falsificação), ao lado de um código bidimensional e com a identificação do fabricante, data de fabricação e número de serial da placa; e uma bandeira e brasão dos respectivos Estado e município de registro, à direita.
Arte UOL |
De acordo com a resolução, a fabricação das placas também seguirá novo padrão. Atualmente, qualquer empresa pode produzir as chamadas chapas semiacabadas, cabendo aos Detrans regionais escolher o fornecedor de preferência para, só então, pintá-las, estampá-las e gravar os códigos alfanuméricos.
A partir de 2016, apenas empresas credenciadas pelo Denatran serão autorizadas a produzir essas chapas.
Segundo o Denatran, veículos que já estiverem circulando nos cinco países não precisarão trocar imediatamente suas placas de identificação