Categoria se mobiliza para recuperar perdas do FGTS

Paulo Segura

Trabalhadores da Fame aprovam campanha pelo FGTS

Dando continuidade à campanha pela recuperação das perdas do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), o Sindicato realizou nesta terça-feira, 11 de junho, assembleias em várias empresas, entre elas, a Fame, na zona leste, com presença do presidente Miguel Torres, do diretor José Luiz, coordenadores e assessores.

Os trabalhadores receberam um jornal com explicações sobre o rombo de bilhões no FGTS e sobre a ação coletiva por recuperação das perdas do FGTS já protocolada na Justiça Federal de Brasília. “Desde 1999 não estão corrigindo o saldo do Fundo de Garantia como manda a lei”, disse Miguel Torres.

O presidente orientou que o trabalhador deve procurar o Sindicato para entrar na ação coletiva e terá de assinar um termo de adesão, apresentando cópias simples dos seguintes documentos:
• cédula de identidade
• comprovante de endereço
• carteira de trabalho, onde conste o nº do PIS ou do PASEP, ou Cartão do PIS
• Extratos do FGTS, fornecido pela Caixa
• Carta de concessão do benefício, no caso dos aposentados

O Sindicato montou uma estrutura para atender (tanto na sede em São Paulo quanto na subsede de Mogi) os metalúrgicos que tinham saldo na conta do FGTS, a partir de janeiro de 1999, e quiserem participar da ação coletiva de cobrança das perdas. O trabalhador pode também procurar os diretores e assessores do Sindicato.

A Força Sindical entrou com uma ação coletiva na Justiça cobrando a diferença da correção monetária que não está sendo aplicada. “As perdas chegam a 88,3%, desde 1999, um verdadeiro crime econômico contra a classe trabalhadora”, diz Paulinho da Força, ressaltando que as perdas são resultado da manipulação da TR (Taxa de Referência), usada para corrigir o FGTS.

A remuneração das contas do Fundo segue uma fórmula: Taxa Referencial (TR), aplicada mensalmente, mais juros de 3% ao ano. Como o governo vem reduzindo aos poucos a correção da TR – até chegar a zero em setembro do ano passado –, o reajuste das contas do Fundo também diminuiu. O resultado é que o trabalhador está sendo tungado.

Veja o que aconteceu:
• No ano 2000 a inflação foi de 5,27%, e o governo aplicou 2,09% nas contas;
• Em 2005 a inflação foi de 5,05%, e aplicaram 2,83% nas contas;
• Em 2009 a inflação foi de 4,11%, e as contas receberam só 0,7%;
• Desde setembro de 2012 a correção das contas tem sido de 0%.

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