* Agenda é baseada no emprego
* Eunício defende sistema de custeio sindical
As Centrais Força Sindical, CUT, UGT, CTB, NCST, CSB e Intersindical fizeram, nesta quarta (20), em Brasília, o lançamento político da Agenda Prioritária da Classe Trabalhadora e entregaram o documento aos presidentes do Senado, Eunício Oliveira, e da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia.
A Agenda tem 22 propostas para o redirecionamento do País no rumo do crescimento, com ênfase na geração de emprego e na defesa de direitos e revisão da lei (reforma) trabalhista, definição da contribuição sindical, reforma tributária, correção da tabela do Leão, entre outras propostas (veja as propostas na página 2).
As Centrais consideram que as saídas para a crise serão tomadas no campo da política, com luta e diálogo amplo com o movimento sindical e a sociedade.
O presidente da Força Sindical, Miguel Torres, também presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes e da CNTM, destacou a importância da unidade das centrais na elaboração e encaminhamento da Agenda. “É com unidade que vamos avançar na luta”, afirmou.
No Senado
Segundo Sérgio Leite, presidente da Fequimfar e vice da Força, o presidente do Senado foi receptivo. “Ele disse que o diálogo com os trabalhadores é importante, lamentou a não tramitação da medida provisória que corrigia pontos da reforma trabalhista e defendeu o sistema de custeio sindical e que está à disposição das Centrais para dialogar”.
Os dirigentes defenderam medidas emergenciais para mudar todos os pontos da reforma e diminuir o desemprego, como o aumento das parcelas do seguro desemprego e criação de frentes de trabalho.
Representando a Força estavam também Eunice Cabral, presidente do Sindicato das Costureiras, e João Carlos Gonçalves, Juruna, secretário-geral da Força, bem como os deputados federais Paulinho da Força, Mafra e Bebeto e o senador Paulo Paim.
O documento foi elaborado com apoio do Dieese e aprovado numa plenária das centrais no dia 6 de junho, em São Paulo. A agenda defende a revogação da reforma trabalhista e da Emenda do teto de gastos, implantação da jornada de 40h semanais, incentivo às negociações coletivas, combate ao desemprego e a regulamentação da contribuição assistencial, entre outros pontos.