Miguel Torres, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e da CNTM, e vice-presidente da Força Sindical, participou de encontro com o vice-presidente da República, Michel Temer nesta terça, 26, no Palácio do Jaburu, em Brasília.
Na reunião, os dirigentes da Força Sindical, incluindo o presidente Paulinho da Foreça, e das centrais UGT, CSB e Nova Central reafirmaram que estão unidos pela aprovação da pauta trabalhista que prevê juros menores, correção da tabela do imposto de renda, investimentos no setor produtivo nacional e uma série de outros itens contra a recessão e o desemprego, pela manutenção dos direitos trabalhistas, sociais e previdenciários e pela valorização do salário mínimo.
“O vice-presidente Michel Temer ficou bastante entusiasmado com as propostas que apresentamos para o País enfrentar a crise e a recessão.
Entregamos a ele o documento O Brasil que queremos, que cobra a redução dos juros, correção da tabela do Imposto de Renda, investimentos no setor produtivo, a manutenção dos direitos trabalhistas, sociais e previdenciários e a política de valorização do salário mínimo”, diz Miguel Torres.
Também foi entregue o “Compromisso pelo Desenvolvimento”, que é uma pauta progressista elaborada no ano passado, em conjunto com importantes setores empresariais, com diretrizes pró-retomada da produção e fortalecimento industrial, principalmente dos setores da construção civil e da construção pesada, de óleo e gás e da indústria naval, e o Programa de Renovação da Frota de Veículos.
Renovação da Frota – “Temer considerou oportuno o Programa de Renovação da Frota, como proposta viável para a retomada do crescimento da indústria nacional e a geração de centenas de milhares de empregos nas montadoras, autopeças e demais segmentos da ampla e importante cadeia do setor automotivo. Estamos fazendo a nossa parte, defendendo os interesses dos trabalhadores, os empregos, melhores salários e a garantia dos direitos, independentemente de quem está ou poderá estar à frente do governo”, diz Miguel Torres.
Confira o documento “O Brasil que queremos”
entregue ao vice-presidente:
O impasse institucional e o agravamento do cenário político que assolam o Brasil se desdobram em uma grave crise econômica. A inflação, juros estratosféricos, fechamento de milhares de fábricas e lojas do comércio, queda na renda, no poder de compra dos trabalhadores e o crescente desemprego travam todos os setores produtivos.
Os brasileiros – principalmente os menos favorecidos economicamente – estão cansados do desajuste da economia. Nós, trabalhadores, destacamos a necessidade da imediata retomada do crescimento econômico, da geração de emprego, de renda e da preservação e ampliação dos direitos trabalhistas e das conquistas sociais.
Os trabalhadores anseiam por melhores condições na saúde, na educação, na segurança, de emprego e transporte, por uma basta na corrupção e no uso indevido do dinheiro público, pelo fortalecimento das negociações coletivas e do financiamento da atividade sindical, com foco na organização e na representatividade.
O País que todos almejam será o resultado da discussão de uma ampla agenda. Um governo com uma agenda voltada para o desenvolvimento e para o crescimento econômico, para a distribuição de renda.
O Brasil que queremos é resultado da seguinte agenda:
• Implantação urgente de uma política de desenvolvimento nacional;
⦁ Mudanças e redirecionamento da política econômica;
⦁ Implantação urgente de uma política de desenvolvimento nacional;
⦁ Retomada, ampliação e adoção de políticas de geração de empregos, renda e direitos sociais;
⦁ Correção da tabela do Imposto de Renda;
⦁ Renegociação da dívida interna;
⦁ Fortalecimento e retomada do protagonismo histórico do Ministério do Trabalho e Emprego;
⦁ Criação de condições para o aumento da produção e da exportação;
⦁ Juros menores, voltados ao consumo e aos investimentos no comércio e na indústria;
⦁ Desenvolvimento de uma política que fortaleça a indústria nacional e reconstrua nosso parque industrial, voltada principalmente para os setores de infraestrutura, petróleo, construção civil e pesada;
⦁ Renovação da frota automotiva (caminhões, carros, ônibus, tratores e duas rodas);
⦁ Inclusão de representantes do capital e do trabalho no Comitê de Política Econômica do Banco Central;
⦁ Maior participação, de forma tripartite, nos Conselhos Representativos, da esfera federal;
⦁ Manutenção e ampliação dos programas voltados para a diminuição das desigualdades sociais;
⦁ Fortalecimento da política de valorização do salário mínimo como forma de distribuir renda;
⦁ Política de valorização e melhorias nos benefícios para os aposentados e pensionistas;
⦁ Não à retirada de direitos na Reforma da Previdência;
⦁ Mais investimentos em saúde, educação e transporte;
⦁ Desenvolvimento de uma política de valorização dos servidores públicos.
Centrais: Força Sindical, UGT, CSB, NCST