
“Eu quero agora, eu quero já, eu quero ver o juro abaixar” foram as palavras de ordem no ato que as centrais sindicais exigem a queda da Selic
As centrais sindicais Força Sindical, CUT, UGT, CTB, CSB e Nova Central realizaram uma manifestação em frente à sede do Banco Central, na Avenida Paulista, em São Paulo, nesta terça, 18/3/25, para cobrar uma redução drástica na taxa básica de juros (Taxa Selic).
Além das lideranças do movimento sindical, também participam do ato centenas de estudantes da Umes (União Municipal dos Estudantes Secundaristas de São Paulo).
Durante o ato, a palavra de ordem foi:
“eu quero agora, eu quero já, eu quero ver o juro abaixar”.
O presidente da Força Sindical, CNTM e Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, Miguel Torres, alerta que, caso seja confirmada a expectativa do mercado financeiro e os membros do Copom decidam aumentar a Taxa Selic, o BC, mais uma vez, se curvará aos interesses dos especuladores.
“A atual taxa é extorsiva”, diz Miguel Torres.
De acordo com o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves (Juruna), a intenção do ato foi sensibilizar os membros do Comitê de Política Monetária (Copom), órgão do Banco Central.
Vale lembrar que eles vão se reunir nesta terça e quarta-feira (18 e 19), para decidir sobre a nova Taxa Selic que hoje está em 13,25% a.a..
“Precisamos de menos juros e mais empregos e renda”, declarou Juruna.
Os sindicalistas ressaltaram durante o ato que se a taxa da Selic não fosse tão alta e não estivesse emperrando a roda da economia, travando a distribuição de renda, o Brasil poderia estar em outro patamar econômico.
“Nossa luta é por juros baixos já”, reafirmou o secretário de relações Sindicais da Força Sindical, Geraldino dos Santos Silva.
O vice-presidente da Força Sindical, Sérgio Luiz Leite, Serginho, afirmou que é fundamental reduzir a Taxa Selic para o país continuar no rumo do crescimento e desenvolvimento econômico.
“Brasil precisa de investimentos e distribuição de renda e juros mais baixos contribuem para que isso aconteça”, disse o líder sindical.
Maria Auxiliadora dos Santos, secretária de Políticas para as Mulheres e de Gênero da Força Sindical, alerta que o aumento da Taxa Selic, além de impactar negativamente na economia do País, pode piorar ainda mais a vida dos inadimplentes e dos trabalhadores em geral.
Fotos: Jaélcio Santana
