Centrais Sindicais protestam contra os juros altos

 

Miguel Torres, presidente da Força Sindical, CNTM e Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, no ato em Brasília

Entidades sindicais, movimentos populares e partidos políticos realizaram, nesta terça-feira, 14 de fevereiro de 2023, em dez cidades do país, manifestações contra a autonomia do Banco Central e os juros altos. 

Os protestos começaram pela manhã com um tuitaço nas redes sociais. A mobilização seguiu durante o dia em frente às sedes do BC, em capitais como Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador e Brasília.

As críticas foram principalmente contra a taxa básica de juros, a Selic (de 13,75% ao ano), e a dependência do Banco Central ao capital financeiro especulativo.

É o que detalha Sérgio Nobre, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT). “O Campos Neto (Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central) está dizendo que vai manter essa política de juros altos até o final do ano (…) e o presidente da República, desde janeiro, está dizendo que tem que cair os juros, tem que incentivar a produção, tem que aumentar o salário mínimo. Então, ele (Campos Neto) está na contramão. O ato aqui é para dizer que nós exigimos que os juros baixem, para que o país possa crescer, e que ele tenha dignidade, entregue o cargo e vá cuidar da vida se ele não concorda com a visão do novo governo”.

Miguel Torres, presidente da Força Sindical, da CNTM do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, participou do ato em Brasília. “Menos juros, mais produção, crédito mais barato e geração de novos postos de trabalho. Essa é nossa luta!”, disse o líder sindical.

Os manifestantes, além de criticarem a chamada autonomia do Banco Central, reforçaram que a manutenção da taxa de juros, no atual patamar, trava o crescimento econômico, aumenta o desemprego e a fome, com vantagens apenas aos rentistas.

A Força Sindical, além de participar do ato, disparou no seu twitter críticas à taxa de juros que prejudicam os empregos.