Começa mobilização para atos contra desindustrialização

A primeira plenária foi realizada na Federação dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação do Estado de SP

Jaelcio Santana

Paulinho e Melquíades, da alimentação

Sindicalistas do setor de alimentação aprovaram nesta segunda-feira (dia 13), a participação dos trabalhadores da categoria nas manifestações contra a desindustrialização do País, que estão sendo organizadas pelas centrais sindicais – Força Sindical, CTB, CGTB, NCST e UGT – junto com os empresários.

A decisão dos dirigentes sindicais foi tomada na plenária realizada na Fetiasp (Federação dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação do Estado de S. Paulo )comandada pelo presidente da entidade, Melquíades de Araújo e contou com a participação do presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, Paulinho. O presidente da Central conclamou a todos a participarem do ato e explicou os motivos que levaram as centrais a definir um cronograma de luta.

Araujo afirmou que hoje, o setor não sofre tanto com a importação direta, mas com as fusões de empresas que acabam eliminando muitos empregos. “No entanto, vamos participar da luta contra a desindustrialização para não sermos prejudicamos a exemplo do que está acontecendo com os trabalhadores de outros segmentos”, declarou.

Paulinho citou números de produtos importados em alguns setores da economia em 2011 que afetaram a balança comercial brasileira e os empregos no País: um milhão de carros importados; no setor de máquinas US$ 8 bilhões; autopeças,  U$ 5 bilhões; químico, US$ 27 bilhões e eletroeletrônico, US$ 37 bilhões.

“Se o presidente Barack Obama, dos EUA, diz que para cada bilhão de dólares dá para gerar empregos para cinco mil pessoas imaginem a quantidade de empregos que deixamos de criar no Brasil”, destacou Paulinho.

O presidente da Força Sindical disse também que é preciso baixar os juros e acabar com a cobrança do ICMS no local de origem e passar a cobrá-lo no destino, já que 18 estados concedem incentivos à importação.

Calendário
Em reunião realizada nesta segunda-feira (13), entre os empresários e as centrais foi fechado parte do calendário de manifestações nos Estados. A primeira será no dia 15 de março, no Rio Grande do Sul; no dia 22 em Santa Catarina e dia 29 no Paraná. Em São Paulo será no dia 5 de abril.