Paula Cristina
Uma a cada dez micro e pequena empreiteira pode fechar as portas no próximo ano, por causa da falta de crédito. “Menos capitalizadas, as empresas menores devem ter o dobro de planejamento”, disse o doutor em planejamento e finanças para Pequenas e Médias Empresas (PME) pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Rubens Carvalho. Segundo ele, atenção maior ao fluxo de caixa, investir em operações virtuais e até buscar a fusão entre grupos menores são medidas que podem ajudar o pequeno e médio construtor a sair ileso da economia em desaceleração.
“Com a redução do crédito, apostamos nas pequenas obras, de reforma, assentamento e pintura”, disse o diretor-geral da construtora pernambucana MNS, Rodrigo Souza. Em Santa Catarina, Evanildo Costa, sócio da 4 Construction, disse que a dificuldade de crédito e os meses ociosos entre um trabalho e outro foram resolvidos com a criação de um único grupo. “Juntos, temos mais força para pedir crédito. Além disso, com as carteiras de clientes unidas, podemos colocar nosso pessoal para trabalhar o ano inteiro, sem fases ociosas.”