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“Copom continua insensível com os milhões de desempregados no país”, diz Força

Rádio Peão Brasil

Após o Copom – Comitê de Política Monetária, do Banco Central, decidir por manter os juros básicos (taxa selic) em 6,5% ao ano pela terceira vez seguida, a Força Sindical emitiu nota mais uma vez criticando a decisão do Comitê do Banco Central.

De acordo com a Central, ao manter a taxa Selic, os tecnocratas do Copom (Comitê de Política Monetária) mostram que continuam insensíveis ao sofrimento de 66 milhões de pessoas que estão fora do mercado de trabalho. “O Copom segue regiamente a cartilha do mercado, de manter a inflação sob controle em detrimento de 34,1 milhões de pessoas que estão no setor informal, que são os trabalhadores por conta própria e os sem carteira.”

Depois de vários cortes seguidos, Comitê do BC manteve a taxa desde maio, e analistas acreditam que continuará assim até o final do ano.

Miguel Torres, presidente interino da Força Sindical, que assina a nota, ressalta que ter um emprego formal e poder sustentar suas famílias com dignidade é o sonho dos trabalhadores, vítimas da crise econômica que assola o País. O sindicalista faz um questionamento no texto: “A quem interessa manter 66 milhões fora do mercado de trabalho?”

Torres diz que  a decisão demonstra que o Copom está com excesso de cautela, e alerta que quem ganha com isto são os especuladores.  “O governo precisa adotar medidas de estímulo ao crescimento econômico para criar novos postos de trabalho a fim de enfrentar a expectativa de desaceleração da economia, que vem caindo”, alerta.

Uma dessas medidas, segundo a nota da Força, é a redução da taxa de juros. “Investir na indústria, comércio e serviços gerará empregos, movimentará a economia e criará um círculo virtuoso que beneficiará a todos.”

Os juros básicos tiveram cortes seguidos de outubro de 2016 até março deste ano, passando nesse período de 14,25% para os atuais 6,5%. O movimento foi interrompido em maio. A próxima reunião do Copom está marcada para 18 e 19 de setembro.

Confira a seguir a nota na íntegra:

Manter Selic dificulta crescimento da economia e geração de empregos

Ao manter a taxa Selic, os tecnocratas do Copom (Comitê de Política Monetária) mostram que continuam insensíveis ao sofrimento de 66 milhões de pessoas que estão fora do mercado de trabalho.

O Copom segue regiamente a cartilha do mercado, de manter a inflação sob controle em detrimento de 34,1 milhões de pessoas que estão no setor informal, que são os trabalhadores por conta própria e os sem carteira.

Ter um emprego formal e poder sustentar suas famílias com dignidade é o sonho dos trabalhadores, vítimas da crise econômica que assola o País. A quem interessa manter 66 milhões fora do mercado de trabalho?

Na verdade o Copom está com excesso de cautela, e quem ganha com isto são os especuladores. Basta ver o lucro dos principais bancos do País no 1º semestre de 2018.

E o governo tem contribuído para isto. É só conferir os dados da vida real: juros do cheque especial são de 304% ao ano, o crédito rotativo está em 313% ao ano e o crédito não consignado (pessoa física) está em 114,7% ao ano.

É preciso que o governo adote medidas de estímulo ao crescimento econômico para criar novos postos de trabalho a fim de enfrentar a expectativa de desaceleração da economia, que vem caindo.

Uma dessas medidas é a redução da taxa de juros. Manter os juros altos é escolher uma política para privilegiar os especuladores, em vez de destinar os recursos para a produção.

Investir na indústria, comércio e serviços gerará empregos, movimentará a economia e criará um círculo virtuoso que beneficiará a todos.

Miguel Torres
Presidente interino da Força Sindical