Todos os brasileiros estão sentindo “na carne” os efeitos maléficos que a crise econômica pela qual o País atravessa está nos impondo.
Mas, claro, quem mais sofre é a classe trabalhadora, principalmente os trabalhadores de menor renda.
A cada ida ao supermercado, à feira-livre ou à farmácia, ou a cada conta de água ou luz que chega nas nossas casas, um novo sobressalto com aquilo que nos é cobrado.
Isto sem contar os juros altos e a constante ameaça do desemprego, que ronda os lares de tantos trabalhadores (entre os meses de junho e agosto deste ano 8,8 milhões de pessoas estavam sem trabalho no País, dois milhões a mais do que no mesmo período de 2014).
E o governo segue, com seus “ouvidos de mercador”, não dando atenção aos anseios dos trabalhadores e privilegiando os grandes especuladores.
As empresas estão fazendo “das tripas coração” para manter sua sobrevivência.
Milhares de trabalhadores desempregados estão se atirando no mercado informal. E a inflação, voraz, a cada dia, corrói mais e mais os salários de quem tem trabalho.
Em resumo, se a intenção do governo é ajudar os pobres, ele está conseguindo: está ajudando os pobres a se tornarem cada vez mais pobres.
Miguel Torres
presidente CNTM
presidente Força Sindical
presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes